O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy foi preso nesta terça-feira (21) para cumprir pena de cinco anos de prisão — sendo dois em regime fechado — após condenação por conspiração para arrecadar fundos ilegais da Líbia durante sua campanha presidencial de 2007.
Sarkozy deixou sua residência por volta das 4h15 (horário de Brasília) e chegou cerca de 20 minutos depois à prisão de La Santé, em Paris, acompanhado de sua esposa, a modelo e cantora Carla Bruni. O ex-presidente ficará em cela individual, com área entre 9 e 12 metros quadrados, equipada com chuveiro privativo, televisão e telefone fixo.
A defesa do ex-presidente entrou com pedido de liberdade nesta terça-feira, enquanto Sarkozy deve escrever sobre sua experiência na prisão. Em entrevista ao jornal francês La Tribune Dimanche, o ex-líder afirmou que encara a pena “de cabeça erguida” e reafirmou sua inocência.
“Não tenho medo da prisão. Vou manter minha cabeça erguida, inclusive nos portões da prisão”, declarou.
Em comunicado divulgado na rede social X, Sarkozy afirmou ser vítima de um “escândalo judiciário” e de uma “via-crúcis” que dura mais de dez anos.
“Quero lhes dizer, com a força inabalável que é a minha, que não é um ex-presidente da República que está sendo preso esta manhã — é um inocente”, escreveu.
Segundo Sebastien Cauwel, chefe do sistema prisional francês, Sarkozy ficará em isolamento total, com direito a duas saídas diárias para o pátio de exercícios e acesso individual a uma sala de atividades.
Aos 70 anos, Sarkozy é o primeiro ex-chefe de Estado francês a ser preso desde o Marechal Philippe Pétain, condenado após a Segunda Guerra Mundial por colaborar com o regime nazista.
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