Amanda Gaya, ex-aluna da Escola Superior Madre Celeste (Esmac), denuncia a instituição por não ter recebido seu diploma de Direito, mesmo após seis anos de sua formatura, em 2018. Segundo Amanda, o prazo aceitável para a entrega do diploma seria de um ano após a colação de grau.
Amanda relata que a Esmac é uma instituição desorganizada e repleta de problemas administrativos. Ela afirma ter solicitado seu diploma três vezes, entregando toda a documentação necessária, mas sem sucesso. Os protocolos da instituição sequer foram apreciados pelo diretor geral, segundo ela.
“Os boatos que circulam na Esmac dizem que a instituição não pagava a guia de emissão de diploma para a UFPA, e esta parou de emitir os diplomas, incluindo o meu e o da minha mãe, que se formou junto comigo no curso de Letras”, conta Amanda. Sua mãe permanece desempregada por não conseguir comprovar a formação acadêmica e recentemente perdeu uma vaga de emprego para professora co-regente de ensino infantil.
Amanda relata que, após muitas promessas e conversas frustradas com a instituição, decidiu ajuizar um processo contra a Esmac, embora saiba que o processo pode ser demorado. “Não posso prestar o exame da Ordem nem cursar uma pós-graduação. Minha mãe concluiu a pós-graduação, mas não recebeu seu certificado porque é necessário ter o diploma para finalizar a especialização”, explica.
A coordenadora acadêmica da Esmac garantiu a Amanda, há oito meses, que seu diploma seria emitido em 30 dias, mas até agora nada foi feito. Desesperada, Amanda busca agora a ajuda da imprensa e do judiciário para conseguir o que é seu por direito.
Confira a nota da Esmac na íntegra:
A Escola Superior Madre Celeste (ESMAC) está ciente dos transtornos que esta situação tem causado e expressamos nosso compromisso em resolver estas questões com a urgência possível.
É importante esclarecer que os atrasos atuais são resultados diretos das recentes alterações na legislação que rege a emissão de diplomas, especificamente a transição para o formato digital. Essa mudança, imposta pelo Ministério da Educação (MEC) em 2022, visa aumentar a segurança e a integridade dos documentos acadêmicos em todo o país.
Desde a implementação dessa nova normativa, a ESMAC tem enfrentado desafios significativos na adaptação dos nossos processos internos, visto que a Universidade Federal do Pará – UFPA atual registradora da ESMAC ainda não finalizou a implantação de seu sistema Digital de Diplomas, restando necessário a ESMAC buscar outra registradora temporariamente. Os registros estão sendo realizados atualmente pela Universidade Cruzeiro do Sul em São Paulo (IES – 221 / Mantenedora – 159) em contrato firmado em 2023 e já com diplomas registrados e outros em fase de registro que podem levar no mínimo 60 dias e no máximo 120 dias. Estamos trabalhando diligentemente para alinhar nossos procedimentos às novas exigências e garantir a emissão dos diplomas pendentes o mais breve possível. Entendemos a importância deste documento para a continuidade da vida profissional e acadêmica de nossos egressos e estamos empenhados em minimizar os impactos desta transição. Para isso, estamos colaborando ativamente com nossos parceiros institucionais e buscando todas as vias possíveis para acelerar o processo. Por meio de nossa assessoria de comunicação, continuaremos a fornecer atualizações regulares sobre o progresso das emissões dos diplomas e estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas ou preocupações.
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