Estudantes do curso de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Abaetetuba levaram atendimento e ações de promoção à saúde para a comunidade quilombola do rio Acaraqui, nas ilhas de Abaetetuba, entre os meses de maio e junho. A iniciativa fez parte das atividades de ensino, pesquisa e extensão, que integram a formação médica desde o primeiro semestre do curso.
O projeto, desenvolvido por alunos do 4º semestre, teve como foco o rastreio de riscos cardiovasculares e de câncer, duas das principais causas de mortalidade no país. A ação possibilitou o contato direto com os moradores da comunidade, combinando aprendizado prático e escuta das necessidades locais.
Na frente voltada às doenças cardiovasculares, os estudantes realizaram aferição de pressão arterial, frequência cardíaca, oximetria e medidas corporais, além de ministrarem uma palestra educativa sobre hábitos saudáveis e prevenção de hipertensão e obesidade. De acordo com os resultados, houve melhora significativa no nível de conhecimento dos participantes após as atividades, e alguns casos de pressão elevada foram encaminhados para acompanhamento médico.
O professor Esdras Edgar, doutor em Genética e Biologia Molecular e responsável pela atividade, destacou a importância da vivência prática.
“Queremos que nossos alunos entendam de perto os desafios de saúde das populações tradicionais e desenvolvam uma prática médica humanizada e socialmente responsável. Essas experiências são fundamentais para formar médicos preparados para transformar a realidade amazônica”, afirmou.
Na parte voltada ao rastreio de câncer, os estudantes aplicaram questionários entre as mulheres da comunidade, estimando riscos para diferentes tipos da doença, como colorretal, de mama, ovário e útero. Os resultados reforçaram a necessidade de políticas públicas de prevenção e diagnóstico precoce voltadas às populações tradicionais.
Para Fabiana Pinheiro da Silva Abreu, estudante do 4º semestre e bolsista do ProUni, a vivência teve um valor pessoal especial.
“Voltar às comunidades ribeirinhas, agora como estudante de medicina, e poder contribuir com a saúde dessas pessoas é muito emocionante. Essa experiência confirma para mim que a medicina é um propósito”, destacou.
A ação está alinhada às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de Medicina, que valorizam a formação crítica, ética e humanizada. Além do impacto direto nos moradores, a experiência reforçou o compromisso dos alunos com a saúde e a realidade amazônica.
Afya e a Amazônia
A Afya mantém 16 unidades de graduação e pós-graduação na Região Norte, com forte presença no Pará — onde atua em Marabá, Redenção, Abaetetuba e Bragança. A instituição também tem escolas de Medicina em outros estados da região, incluindo o Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins, além de quatro unidades de pós-graduação médica em Belém, Manaus, Porto Velho e Palmas.
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