Na semana mais tensa do Paysandu na temporada, o executivo de futebol Carlos Frontini decidiu expor publicamente a cobrança que já vinha fazendo dentro do vestiário. Em tom direto, o dirigente disse que não há mais espaço para atletas que não estejam totalmente comprometidos com a luta contra o rebaixamento.
“Deixei bem claro aos atletas, olho no olho, que o momento de falar que não acredita é agora. Estou com o aval do presidente. Pagamos tudo certinho e ele (atleta) segue a vida. Deixo claro: quem não acredita, seja homem o suficiente. ‘Olha, não acredito mais, prefiro descansar, seguir outro projeto e seguir a vida. A pancada vai ser grande, a pressão maior ainda. Tem até o próximo treino para falar quem não aguenta, não está preparado. Que seja honesto. ‘Para mim deu, ponto final. Não quero viver nesta situação. Não acredito'”, afirmou Frontini, deixando claro que prefere perder jogadores a manter um elenco desmotivado.
O recado chega em um momento crítico: o Papão ocupa a lanterna da Série B, com apenas 21 pontos em 25 partidas, e já acumula oito jogos sem vitória, sendo cinco derrotas seguidas. A diretoria, que demitiu Claudinei Oliveira após a última rodada, ainda busca um novo treinador para tentar mudar o rumo do time.
Frontini ressaltou que o clube tem cumprido suas obrigações financeiras e que o grupo precisa responder dentro de campo. Para ele, a reta final da competição exige postura firme e disposição para suportar a pressão.
O próximo desafio será contra o América-MG, no sábado (13), no Mangueirão. Para torcida e diretoria, o jogo representa mais do que três pontos: é a chance de mostrar se as palavras do executivo surtiram efeito ou se o Paysandu seguirá afundado em sua pior fase no campeonato.