O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não participou presencialmente, nesta terça-feira (2), do julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). A ausência foi justificada por motivos de saúde, segundo informou o advogado Celso Vilardi, que disse que o ex-chefe do Executivo “não está bem” e, por isso, acompanha as sessões de casa.
Bolsonaro está em prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, e, para comparecer ao STF, precisaria de autorização judicial — pedido que não foi feito pela defesa. Aliados próximos afirmam que o ex-presidente sofre com crises constantes de soluço, fator que teria influenciado na decisão de não se apresentar presencialmente.
O julgamento envolve crimes graves atribuídos aos réus do núcleo central da tentativa de golpe. Eles respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave, além de deterioração de patrimônio tombado.
A única exceção é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que teve parte da ação penal suspensa pela Câmara dos Deputados em maio. Ele responde apenas por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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