Demissões: PSB deixa governo de Edmilson Rodrigues em Belém

Na tarde desta sexta-feira (10), o prefeito demitiu o secretário de Turismo, José Francisco, o de Urbanismo, Deivison Alves, e o administrador Regional de Outeiro, Patrick Oliveira, todos filiados ao PSB.

Reprodução redes sociais

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) não integra mais a base aliada do prefeito Edmilson Rodrigues (Psol). Na tarde desta sexta-feira (10), o prefeito demitiu o secretário de Turismo, José Francisco, o de Urbanismo, Deivison Alves, e o administrador Regional de Outeiro, Patrick Oliveira, todos filiados ao PSB.

Segundo informações obtidas pelo Portal através de uma fonte, na última quarta-feira (9), o ex-deputado e presidente do PSB, Cássio Andrade, foi convocado para uma reunião com dirigentes do Psol e do governo Edmilson. A cúpula do governo expressou desconforto pelo fato do PSB ser o único partido da aliança que ainda não havia manifestado apoio público à reeleição de Edmilson, ao contrário do PT, PDT, PCdoB, PV e Rede Sustentabilidade, além do próprio Psol.

Durante a conversa, a fonte revela que Cássio teria mencionado a exigência do governador Helder Barbalho (MDB) para que o partido definisse seu posicionamento: permanecer nos cargos da prefeitura e apoiar a reeleição do atual prefeito ou ocupar cargos do Estado e apoiar a candidatura do deputado Igor Normando (MDB). Cássio, como titular da Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Seel), comunicou que não poderia romper com o governador. Em resposta, os dirigentes do Psol afirmaram que seriam obrigados a exonerar os membros do PSB que ocupavam cargos na administração municipal, o que ocorreu hoje.

Membros do Psol expressaram desapontamento com a postura do governador e de Cássio. “Helder está minando a base de apoio do presidente Lula no Pará e tentando enfraquecer as forças de esquerda, mas nós não seremos subordinados. Demonstraremos mais uma vez a combatividade de nossa militância”, afirmou um dirigente do partido, que preferiu não se identificar até conversar com o prefeito Edmilson Rodrigues.

O dirigente também criticou a atitude de Cássio Andrade. “Dos partidos que nos apoiaram no segundo turno, ele foi o único a impor condições para derrotar a direita. Exigiu a secretaria de urbanismo e outros dois cargos importantes. Nós aceitamos. Por três anos e meio, eles se beneficiaram desses espaços generosos que concedemos e agora agem dessa forma covarde”, declarou.

Nos bastidores, há especulações de que, além da manutenção da Seel, o PSB será compensado com outros cargos no governo, podendo até indicar o vice na chapa de Igor Normando. Os nomes cogitados são os de Cássio Andrade e do vereador Gleisson Oliveira. Procuramos Cássio Andrade, que explicou que, apesar de estar bem posicionado nas pesquisas do partido, não houve esse convite do governador.

Hoje mesmo Edmilson Rodrigues nomeou Lélio Costa para a Seurb, e Akel Fares para substituí-lo na Codem. Inês Silveira vai acumular a Fumbel e a BelemTur e Franklin Cordovil assumirá a Arout.

Segundo informações enviadas à nossa redação, o PDT também pode deixar a base de apoio de Edmilson e passar a compor o arco de partido aliados de Helder que estão sendo cooptados para a campanha de seu primo, Igor Centeno Normando, que ainda não pontua bem nas pesquisas realizadas até então.

Segundo as últimas pesquisas realizadas em Belém, Éder Mauro (PL) é até aqui o candidato favorito dos eleitores entrevistados. O prefeito Edmilson Rodrigues e o deputado estadual Thiago Araújo (Republicanos) aparecem logo atrás.

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