Defesa de Heleno muda versão sobre diagnóstico de Alzheimer e corrige data - Estado do Pará Online

Defesa de Heleno muda versão sobre diagnóstico de Alzheimer e corrige data

Defesa garante que, entre 2019 e 2022, o general não tinha o diagnóstico fechado, não havendo informação a ser repassada oficialmente.

​A defesa do general da reserva Augusto Heleno, condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, protocolou um esclarecimento crucial junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) havia mencionado anteriormente que convivia com a doença de Alzheimer desde 2018, informação que precisou ser corrigida.

​Em manifestação enviada ao Supremo no último sábado (29), os advogados informaram que o diagnóstico da condição neurológica só foi fechado em janeiro de 2025, e não na data citada antes. A defesa ressaltou que jamais alegou o diagnóstico em 2018, explicando que os exames específicos para a doença só foram realizados durante o ano de 2024.

​O militar, que tem 78 anos, foi detido na terça-feira passada (25) pela Polícia Federal e pelo Exército, logo após sua condenação se tornar definitiva. Heleno está agora cumprindo sua pena em uma sala específica dentro do Comando Militar do Planalto, localizado em Brasília.

​No mesmo sábado (29), o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, exigiu que os advogados de Heleno apresentassem laudos médicos complementares sobre a atual condição de saúde do general. Além disso, o ministro solicitou que a defesa informasse se o diagnóstico da doença havia sido comunicado à Presidência ou a outro órgão durante o período em que Heleno chefiou o GSI, entre 2019 e 2022.

​Os defensores do general buscaram a concessão de prisão domiciliar para o militar, devido à sua idade avançada e às comorbidades apresentadas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já sinalizou que concorda com a concessão desse benefício.

​A defesa técnica garantiu que, durante o período de 2019 a 2022, enquanto Heleno ocupava o cargo de ministro, ele não possuía o diagnóstico fechado. Dessa forma, não havia qualquer informação a ser repassada oficialmente ao serviço de saúde da Presidência ou a qualquer outro ministério.

​Nesta segunda-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes concedeu um prazo de cinco dias para que a defesa se manifeste sobre um pedido formal. Este prazo refere-se à visita que o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) solicitou para realizar ao general na prisão.

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