A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nesta segunda-feira (15) um novo requerimento junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo central é obter a autorização para uma cirurgia de urgência, solicitando em seguida a transferência do político para o regime de prisão domiciliar.
O pedido anterior, datado de 9 de dezembro, já havia pleiteado a internação para um procedimento cirúrgico imediato devido ao quadro de soluços persistentes e o agravamento do diagnóstico de hérnia inguinal. Diante da solicitação inicial, o ministro Alexandre de Moraes havia determinado que Bolsonaro passasse por uma perícia médica oficial em um prazo de quinze dias.
Moraes justificou a decisão alegando que os exames apresentados para comprovar a urgência da situação clínica datavam de três meses antes. A defesa, então, solicitou que o ex-presidente fosse avaliado por seus próprios médicos, o que foi autorizado pelo ministro e realizado no último domingo (14), dentro das dependências da Polícia Federal (PF).
Após a conclusão deste novo exame, os advogados confirmaram que Bolsonaro apresenta duas hérnias inguinais, enfatizando que o quadro clínico exige uma intervenção cirúrgica de caráter urgente. Os representantes afirmam que o estado de saúde do ex-presidente é grave e complexo, tendo se deteriorado progressivamente desde a manifestação anterior da defesa.
O documento mais recente enviado ao STF aponta que o novo relatório médico corrobora a necessidade de uma herniorrafia inguinal bilateral. O procedimento deve ocorrer em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, com um período de recuperação previsto entre cinco e sete dias.
A defesa detalhou que os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram devido às frequentes crises de soluço, que aumentam a pressão abdominal. Essa condição eleva significativamente o risco de estrangulamento intestinal, uma complicação que, se concretizada, exigiria uma cirurgia emergencial com perigos consideravelmente maiores para o paciente.
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