A capivara Cap 30 chegou a Belém no final de julho após uma viagem de 12 horas de barco saindo de Cametá. Agora, ela vive no Bosque Rodrigues Alves, com espaço seguro para nadar e se alimentar, acompanhada por uma equipe especializada que garante seu bem-estar diário.
O animal foi trazido de um ambiente doméstico, onde não poderia permanecer por se tratar de espécie silvestre. Desde pequena, Cap 30 foi condicionada a conviver com humanos, mas nunca domesticada, e por isso precisava de um local que reproduzisse condições naturais com segurança.
“A palavra não é domesticada. Ela foi condicionada a interagir com humanos. Por isso veio para o parque, porque não tinha condições de soltura”, explica Ellen Eguchi, diretora do Departamento de Gestão de Áreas Especiais do Bosque.

O recinto preparado para Cap 30 inclui lago para banho, amplo espaço em terra firme e uma dieta completa de capim, verduras e frutas. A alimentação é servida duas vezes ao dia e o capim fica à disposição o tempo todo, essencial para a saúde digestiva da capivara.
Cap 30 é o maior roedor do mundo e pode viver até quinze anos em cativeiro. Apesar do olhar dócil, o animal não pode ser tocado. Sua mordida é forte e ele permanece arredio, mesmo habituado ao contato humano.
A presença da capivara já conquistou funcionários e visitantes. Inicialmente assustada após a viagem, ela se adaptou rapidamente, mostrando comportamento natural e brincando na água. A equipe do Bosque garante atenção contínua para que Cap 30 não se sinta deprimida ou estressada.

Naturais da América do Sul, capivaras são comuns na Amazônia e também podem ser vistas na Região Metropolitana de Belém, inclusive no Parque do Utinga e em áreas próximas à BR-316. Caso alguém encontre o animal fora de seu habitat, o ideal é acionar o 190 para que o Batalhão de Polícia Ambiental realize a captura.
Batizada pelo público em referência à COP 30, Cap 30 chega em um ano emblemático para Belém. Sua presença reforça a importância de respeitar o patrimônio natural e serve como lembrete sobre a necessidade de preservação ambiental e cuidado com a fauna silvestre.
O Bosque Rodrigues Alves recebe visitantes de quinta a domingo, das 8h às 16h, oferecendo a oportunidade de observar Cap 30 com segurança, sem contato físico, flash de câmeras ou alimentação externa, garantindo a saúde e bem-estar da capivara.
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