O que a floresta diria se pudesse falar diante de milhares de pessoas? No desfile cívico do 7 de Setembro, em Brasília, quem assumiu esse papel foi o Curupira, personagem do folclore brasileiro e agora mascote oficial da COP30, que será realizada em Belém, no próximo ano.
A aparição pública do “guardião da floresta” foi uma das novidades do segundo eixo do espetáculo, que destacou o maior encontro mundial sobre mudanças climáticas. O evento atraiu olhares para a capital paraense, que se prepara para receber autoridades de todo o planeta em novembro de 2025.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o momento para reforçar a importância da Amazônia na agenda ambiental. “Cuidamos como ninguém do nosso meio ambiente. Reduzimos pela metade o desmatamento na Amazônia, que, em novembro, vai sediar a COP30, maior conferência mundial sobre o clima”, disse em pronunciamento divulgado no sábado (6).
No desfile, uma faixa com a mensagem “Mutirão Global pelo Clima” abriu o bloco da conferência, reforçando o chamado brasileiro para que países se unam em busca de soluções conjuntas contra a crise climática. A apresentação também trouxe brigadistas florestais, servidores do Ibama e do ICMBio, representando quem está na linha de frente do combate às queimadas e da preservação.
A coordenadora de comunicação da Secom, Naiara Lemos, explicou que 50 profissionais participaram da homenagem para mostrar como o Brasil atua tanto na prevenção quanto na resposta a emergências ambientais. Ela lembrou ainda que agosto de 2025 registrou o menor número de queimadas desde o início do monitoramento, em 1998.
Além do Curupira, o público também conheceu o mascote do Prevfogo, Labareda, um tamanduá-bandeira. Em outro momento, 196 jovens entraram com mudas de árvores que simbolizavam os países que participarão da COP30, um gesto que apontou para o futuro da conferência: plantar esperança em solo paraense.