Na manhã desta segunda-feira (23), três homens armados se passaram por policiais federais e invadiram o edifício Elysium, localizado na travessa João Balbi, entre as travessas Wandenkolk e Visconde de Souza Franco, no bairro de Nazaré, em Belém. A ação criminosa aconteceu por volta das 6h e durou cerca de uma hora e 45 minutos.
De acordo com o boletim registrado pelo 2º Batalhão da Polícia Militar (2º BPM), os suspeitos apresentaram um mandado de prisão falso, assinado pelo juiz Sérgio Moro e tiveram acesso ao prédio. No falso mandado de busca e apreensão foi apresentado para o porteiro do prédio, consta o nome de a cunhada do deputado federal Antônio Doido (MDB).
No local, os criminosos renderam o porteiro e recolheram todos os aparelhos DVRs do sistema de videomonitoramento antes de fugir em um veículo modelo Polo de cor branca. Segundo informações coletadas por nosso jornalismo, um carro da cunhada do deputado foi arrombado e algo nele foi levado com os criminosos.


Os policiais militares foram acionados às 7h22, quando o Núcleo de Atendimento ao Cidadão do 2º BPM foi informado sobre a ação. A equipe da VTR 0207, comandada pelo 2º tenente Luiz Moura, e a guarnição da VTR 0217 realizaram diligências na região, mas até o momento não localizaram os autores do crime. Imagens de estabelecimentos próximos foram requisitadas para tentar identificar a placa do veículo utilizado na fuga.
A Polícia Civil esteve no local e deve dar prosseguimento às investigações por meio de inquérito policial. Os moradores e a síndica do edifício foram orientados a registrar boletim de ocorrência para formalizar os fatos.
Deputado é duplamente investigado por corrupção
Recentemente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu investigação para apurar se o deputado federal Antônio Doido usou ilegalmente agentes da Polícia Militar do Pará em uma operação suspeita para favorecer a candidatura de seu irmão, Neto Leocácio (MDB), à prefeitura de Ourém (PA) nas eleições de 2024. A apuração aponta possíveis crimes de desvio de verbas públicas, compra de votos e corrupção de agentes públicos.
As investigações revelam ainda que o parlamentar teria ordenado o deslocamento de 20 policiais militares para Ourém antes do pleito. Leia em Deputado Antônio Doido é investigado por uso ilegal de PMs para beneficiar irmão em eleição para prefeito de Ourém.
Semana passada, a PGR pediu ao STF a abertura de inquérito para apurar suspeitas de desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais ligados ao emedebista.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o deputado federal Antônio Doido (MDB) após apreensões milionárias com aliados próximos do parlamentar no estado. O caso envolve suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e compra de votos durante as eleições municipais de 2024.
A PGR solicitou a unificação de investigações sobre dois episódios distintos: a prisão do policial militar Francisco Galhardo com R$ 5 milhões em Castanhal, em outubro de 2024, e a apreensão de R$ 1,1 milhão com outro assessor parlamentar, em janeiro deste ano. Ambos são apontados como ligados ao deputado.
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