O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), determinou formalmente nesta quarta-feira (29/10) a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o crime organizado no Brasil. Esta importante deliberação surge em um cenário de alta tensão nacional, impulsionada pelos desdobramentos de uma megaoperação de segurança pública contra a facção criminosa Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
O colegiado está programado para iniciar seus trabalhos de investigação já na próxima terça-feira, dia 4 de novembro, com um escopo de atuação bem definido. O objetivo central é detalhar a estruturação, mapear a expansão e analisar o funcionamento dos grupos criminosos, priorizando a atuação de facções e milícias em âmbito nacional.
Por meio de uma comunicação oficial nas redes sociais, o senador Alcolumbre enfatizou a urgência de uma resposta institucional coesa e firme. O presidente do Senado justificou a medida como um passo crucial para unir todas as esferas do Estado brasileiro e proteger a população diante da crescente ameaça de violência que se alastra pelo país.
A iniciativa para a criação desta investigação havia sido formalizada anteriormente pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), buscando uma resposta do Congresso ao avanço da criminalidade. Contudo, o pedido de instalação permaneceu estagnado por alguns meses, em parte devido ao desgaste político e à irritação da cúpula do Senado com os resultados controversos da CPI das Apostas Esportivas.
Paralelamente, o governo do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Contenção na madrugada de terça-feira, mobilizando 2,5 mil policiais civis e militares em zonas conflagradas da capital fluminense. O objetivo principal da incursão nos Complexos do Alemão e da Penha era desmantelar as estruturas operacionais e logísticas do Comando Vermelho na região.
A intervenção resultou na prisão de 113 pessoas, mas a escalada da violência nos confrontos elevou o número de mortos para ao menos 119, incluindo quatro agentes de segurança pública. Em meio ao caos, a Defensoria Pública do Rio chegou a informar 132 óbitos, enquanto criminosos reagiram erguendo barricadas e bloqueando as principais vias de acesso da metrópole.
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