Corrupção no IASEP: HSM e Porto Dias estão na mira das investigações do MP

Os proprietários dos hospitais Porto Dias e HSM estão na mira do Ministério Público, com seus proprietários investigados por integrarem suposto esquema criminoso, em conluio com o ex-presidente e atuais dirigentes do IASEP, um dos órgãos do governo Helder Barbalho com mais denúncias de corrupção.

Hospitais Porto Dias e HSM estão na mira do Ministério Público, com seus proprietários investigados por integrarem suposto esquema criminoso.

Alvo de uma investigação por parte do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – GAECO, vinculado ao Ministério Público do Pará, o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará – IASEP vem sendo revelado como um dos órgãos do governo Helder Barbalho (MDB), com mais denúncias graves de corrupção.

Se antes, a SESPA, SEDUC e SEOP, as três maiores secretarias estaduais, figuravam entra as que mais traziam escândalos na gestão do atua governador, o IASEP agora ‘rouba” a cena no jornalismo investigativo e independente, com desdobramentos inimagináveis, graça às denúncias feitas por servidores e que servem de provas ou indícios que alimentam os promotores à frente das investigações.

CONFIANÇA E CREDIBILIDADE

Algumas dessas denúncias chegaram à nossa esquipe de reportagem de forma exclusiva, outras depois de serem encaminhadas para outros veículos, que conforme relatos dos servidores denunciantes, enviaram as provas documentais e informações de esquemas fraudulentos, mas nunca viram as matérias publicadas.

Uma das denúncias que virou matéria exclusiva no EPOL e que rendeu grande audiência para nosso portal foi a que revelou o esquema criminoso entre o HSM e ex-presidente do órgão estadual, o sr. Bernardo Albuquerque de Almeida, que teria supostamente alterado os valores de glosas em contas médicas, em troca de vantagens financeiras. O caso envolve entre outras empresas, a Diagnosis Centro de Diagnóstico Ltda, que tem como nome fantasia HSM.

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Agora, o portal recebeu documentos que revelam que o Ministério Público já entrou em campo para averiguar as denúncias que recaem contra o Hospital HSM, que através dos seus sócios Salomão Zoghbi Neto e Keila Oliveira Zoghbi podem receber a visita da Polícia Civil a qualquer momento.

Outro hospital que pode ter seus mandatários visitados pelo GAECO-MP e Polícia Civil é o Porto Dias, que tem como um dos administradores, o sr. Antônio Carlos; além do Hospital Santa Terezinha, até aqui apontado tendo como tendo um dos sócios, um importante deputado estadual do Pará.

Cabe lembrar que o Hospital Porto Dias havia sido vendido para a rede hospitalar (nacional) Mater Dei, há dois anos e meio, após negociação com da família fundadora do hospital, tendo para isso a garantia de que o governo do Pará pagava um valor significativo pelo atendimento aos servidores públicos na ativa e aposentados. Segundo fontes ouvidas por nossa redação, o valor informado dos contratos como o firmado com o governo daria lucro aos compradores, mas o que tiveram foi um prejuízo milionário. Depois de quase três anos, o Porto Dias foi devolvido aos seus donos, deixando um prejuízo aos acionistas da Mater Dei de aproximadamente R$ 190 milhões de reais.

ESQUEMAS E MAIS ESQUEMAS

Com a credibilidade de tocar em frente as denúncias que recebe das nossas fontes, o EPOL recebeu outras denúncia de esquemas internos que são apontados como irregulares e que geram vantagens financeiras ilegais, caracterizadas como criminosas, entre empresas o ex-presidente do IASEP, bem como atuais dirigentes do órgão.

Uma das empresas apontada como supostamente integrante de um dos esquemas no IASEP foi a Rochamed Auditoria e Consultoria Médica, a qual teria uma farta documentação nas mãos de promotores responsáveis pelas investigações realizadas pelo Ministério Público contra pessoas do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (IASEP).

SERVIDORES SEM ATENDIMENTO

Enquanto a sociedade fica sabendo de tanto dinheiro sendo embolsado de forma ilegal e criminosa, o IASEP passou a descredenciar diversos hospitais e laboratórios, que passaram a não atender mais milhares de servidores públicos, tanto da ativa, quanto aposentados, que dedicam e dedicaram muitos anos de trabalho ao povo paraense.