Conheça a primeira máquina de coleta seletiva projetada na Amazônia - Estado do Pará Online

Conheça a primeira máquina de coleta seletiva projetada na Amazônia

Iniciativa lançada em Manaus une inovação tecnológica, reciclagem e educação ambiental, e reforça o papel da região como fonte de soluções sustentáveis para a COP30

A Amazônia começa a mostrar ao Brasil e ao mundo que pode ser não apenas guardiã da floresta, mas também referência em soluções tecnológicas para a sustentabilidade urbana. No festival #SouManaus Passo a Paço 2025, em Manaus, estrearam as primeiras máquinas de coleta seletiva produzidas na região Norte, capazes de unir inovação, educação ambiental e incentivo à reciclagem.

Chamados de “Depósitos Verdes”, os equipamentos permitem que o cidadão deposite recicláveis, acumule pontos e troque por benefícios, além de se manterem financeiramente com publicidade veiculada em sua estrutura. O projeto é fruto de parceria entre a Prefeitura de Manaus e a startup amazônica Depósito Verde, incubada na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A iniciativa reforça a capacidade da Amazônia de propor alternativas sustentáveis de alcance global, alinhadas ao conceito de economia circular. Com design modular e tecnologia 100% desenvolvida na região, as máquinas são um exemplo de como inovação e preservação podem caminhar juntas em território amazônico.

“Depósito Verde”: equipamento desenvolvido por startup amazônica que une tecnologia, reciclagem e educação ambiental, projetando a região como referência em sustentabilidade.

Para especialistas e gestores, soluções como essa dialogam diretamente com os desafios que serão debatidos na COP30, em Belém, em 2025. O evento deverá receber representantes de mais de 190 países e colocará a Amazônia no centro das discussões climáticas.

“Estamos trabalhando para que nossas cidades avancem em soluções inovadoras e sustentáveis. Esse tipo de equipamento mostra que é possível cuidar do meio ambiente, estimular a reciclagem e ainda gerar valor econômico. É um marco que posiciona a Amazônia como vitrine para o mundo”, destacou Carlos Valente, diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Manaus.

Além de Manaus já contar com 38 unidades em operação, o modelo pode inspirar outros municípios amazônicos e brasileiros, mostrando que a região pode exportar não apenas recursos naturais, mas também inteligência tecnológica para a transição verde.

Com ações como essa, a Amazônia se apresenta não apenas como território de riquezas ambientais, mas também como laboratório de soluções sustentáveis, capaz de oferecer respostas concretas à crise climática e de projetar a região como protagonista durante a COP30.