O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a necessidade de o Brasil aprimorar a atuação da Polícia Federal (PF) no combate a grupos criminosos, incluindo a participação em operações com alcance global. Esta declaração de Lula ocorreu durante uma visita oficial a Moçambique, na última segunda-feira (24), e acontece em um momento de intensa discussão política no país.
A fala do presidente surge enquanto o Senado Federal debate o controverso PL Antifacção, um projeto de lei já aprovado pela Câmara dos Deputados. Esse texto específico tem recebido críticas significativas do governo federal e de setores técnicos, que apontam potenciais riscos ao trabalho de investigação e cooperação internacional realizado pela PF.
Ao lado do líder moçambicano, Daniel Chapo, Lula argumentou que o crime organizado opera ultrapassando as fronteiras nacionais, exigindo, portanto, respostas coordenadas entre diferentes países. Ele destacou que a Polícia Federal brasileira possui reconhecimento internacional por sua competência em rastrear bens ilícitos e identificar movimentações financeiras suspeitas.
O enfrentamento às organizações criminosas que atuam em nível transnacional, segundo o presidente, depende diretamente do compartilhamento de inteligência e da articulação entre nações soberanas. Tanto a PF quanto o Ministério da Justiça demonstram preocupação de que a versão atual do projeto de lei possa enfraquecer a capacidade da corporação em conduzir investigações complexas com ramificações internacionais, diminuindo a coordenação em operações fora do país.
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