Durante o mês da campanha Maio Amarelo, que promove conscientização sobre segurança no trânsito, um levantamento da Equatorial Pará revelou um dado preocupante: somente entre janeiro e março de 2025, foram registradas 559 colisões de veículos contra postes no estado. O número representa um aumento de 19% em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 468 ocorrências.
As cidades com maior número de registros neste início de ano foram Belém (41 casos), Parauapebas (26), Santarém (25), Redenção (21) e Altamira (20). Entre os principais fatores que contribuem para os acidentes estão excesso de velocidade, uso de celular ao volante, embriaguez, sonolência, falhas mecânicas e má conservação das vias.
Segundo Elton Lucena, executivo de Segurança da Equatorial Pará, além dos riscos aos ocupantes dos veículos, os chamados “abalroamentos” também podem comprometer a rede elétrica, provocando queda de energia, descargas elétricas e até incêndios.
“A queda de cabos energizados pode causar choques ou iniciar incêndios. Isso coloca em risco tanto quem está dentro do carro quanto pedestres próximos ao local do acidente”, alerta Lucena.
O que fazer em caso de acidente com poste?
A Equatorial Pará orienta que, diante de acidentes que envolvam a rede elétrica, a população não se aproxime de fios partidos nem tente tocar em pessoas ou objetos em contato com a fiação. Se um cabo cair sobre o veículo, a vítima deve permanecer dentro do carro e aguardar o socorro especializado, como o Corpo de Bombeiros.
Também é recomendado acionar imediatamente a Central de Atendimento da Equatorial, pelo telefone 0800 091 0196, informando o local e ponto de referência do acidente.
Prejuízos e responsabilidades
De acordo com Marcelo Costa, gerente do Centro de Operações da Equatorial Pará, o impacto das colisões também é financeiro. A substituição de postes e reparos na rede geram prejuízos que podem ultrapassar R$ 4 mil, valor que pode ser cobrado do motorista responsável.
“Além de afetar o fornecimento de energia, o condutor pode responder judicialmente pelos danos causados, conforme o Artigo 927 do Código Civil”, explica Costa.
Com mais de 500 ocorrências em apenas três meses, o dado reforça a importância da campanha Maio Amarelo e da atenção redobrada no trânsito para evitar acidentes que colocam vidas em risco e geram transtornos à população.
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