Clínica irregular em Marituba é alvo de operação; duas pessoas são presas - Estado do Pará Online

Clínica irregular em Marituba é alvo de operação; duas pessoas são presas

Polícia Civil resgatou quatro adolescentes que relataram maus-tratos, cárcere privado e alimentação precária

Divulgação

Uma operação da Polícia Civil revelou situação de maus-tratos em uma clínica terapêutica que funcionava sem autorização em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. O local, alvo de denúncias, mantinha adolescentes em condições precárias e com alimentação inadequada. Duas pessoas foram presas.

A ação, batizada de “Resgate”, foi deflagrada na manhã da última sexta-feira (5) pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) de Ananindeua, em parceria com o Conselho Tutelar II de Marituba. Quatro pacientes foram retirados do espaço e confirmaram que eram submetidos a maus-tratos e que, em várias ocasiões, recebiam comida estragada.

O Conselho Tutelar informou que a clínica, situada na Passagem São Cristóvão, no bairro São João, não tinha registro junto aos órgãos competentes e acumulava denúncias semelhantes. A delegada Camila Jeha, responsável pela investigação, relatou que a entrada da equipe chegou a ser bloqueada por um segurança.

“Do lado de fora, era possível ouvir os gritos de socorro vindos do interior da clínica, motivo pelo qual nós solicitamos o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Marituba. Após cerca de uma hora, nós conseguimos acessar o local pelos fundos, momento em que encontramos vários internos que relataram sobre os maus-tratos frequentes e que a alimentação, em diversas ocasiões, era servida estragada e que os dormitórios, bem como as condições gerais da clínica, eram precários”, afirmou.

Além da comida vencida e dos quartos trancados, os adolescentes apontaram a falta de higiene e o ambiente insalubre como rotina no local. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente confirmou que a clínica não possuía autorização para acolher menores de idade.

Diante da situação, os policiais prenderam em flagrante o segurança da unidade, por obstrução da Justiça e resistência, e a gerente do espaço, por maus-tratos e cárcere privado. Ambos foram levados à delegacia especializada, onde seguem à disposição da Justiça.

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