Caroços de açaí e tucumã viram combustível e asfalto em projeto da UFPA

Projeto transforma resíduos em biocombustíveis e materiais sustentáveis para pavimentação.

Foto: Divulgação

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão transformando caroços de açaí e tucumã, que antes eram jogados fora, em produtos úteis como biocombustíveis e material para pavimentação. O projeto, chamado Sustenbio Energy, está em fase de testes no novo laboratório da universidade e promete soluções mais sustentáveis para o uso desses resíduos.

Os cientistas utilizam os caroços para produzir biocombustíveis como gasolina, diesel e querosene verdes. Além disso, os resíduos gerados no processo estão sendo testados para criar um tipo de asfalto ecológico, o chamado bioasfalto. Segundo o professor Nélio Teixeira Machado, coordenador da pesquisa, o material já passou por vários testes de laboratório e está próximo de ser usado na prática.

“Estamos desenvolvendo produtos sustentáveis que podem ser aplicados tanto na produção de energia limpa quanto na pavimentação de estradas, tudo a partir de caroços que normalmente seriam descartados”, explica.

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Por que isso é importante?

A produção de polpa de açaí e tucumã gera toneladas de caroços que, na maioria das vezes, não têm nenhum uso e acabam poluindo o meio ambiente. O projeto busca reaproveitar esses resíduos, transformando o que seria lixo em algo valioso para a sociedade.

O trabalho também inclui um levantamento da quantidade de caroços descartados em Belém e outras cidades. Pesquisadores têm visitado bairros, feiras e comerciantes de açaí para entender melhor o problema e encontrar soluções mais eficientes.

Parcerias e próximos passos

O projeto é realizado por uma equipe de pesquisadores da UFPA, em parceria com outras universidades do Pará, Amazonas e Pernambuco. O objetivo é expandir as aplicações dos produtos, como usar o biocarvão para filtrar água ou melhorar o solo na agricultura.

O bioasfalto, por exemplo, está sendo testado como uma alternativa mais sustentável para pavimentação, substituindo materiais tradicionais e ajudando a reduzir o desperdício de resíduos na Amazônia.

Com essas iniciativas, a pesquisa não apenas ajuda o meio ambiente, mas também pode criar novas oportunidades econômicas para a região.

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