O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, avaliou positivamente a recente redução de tarifas de importação implementada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele enfatizou que o governo brasileiro irá manter os esforços para que as taxas de comércio internacional diminuam ainda mais nos próximos meses.
A Casa Branca anunciou na noite de sexta-feira a diminuição nos impostos de cerca de 200 produtos alimentícios, uma lista que inclui itens essenciais como café, carne, açaí e manga, todos importantes para a economia paraense e nortista. Para o Brasil, as alíquotas gerais de importação caíram de 50% para 40%, um ajuste notável nas relações comerciais bilaterais.
Apesar da mudança, Alckmin destacou que a tarifa de 40% ainda representa uma distorção considerável, especialmente para produtos como o café. Essa taxa elevada precisa ser corrigida por meio de negociações contínuas entre os dois países, conforme afirmou o vice-presidente.
Ele citou como exemplo o setor de suco de laranja, que teve o imposto zerado, representando um ganho estimado de US$ 1,2 bilhão para o país. Em contraste, o café, que também teve corte de 10%, ainda enfrenta concorrência que obteve uma redução maior, de 20%, o que prejudica a competitividade nacional.
O governo brasileiro informou que, após a decisão de Trump, o percentual das exportações para os EUA que estão livres de taxas adicionais subiu de 23% para 26%. Isso significa que cerca de US$ 10 bilhões em exportações brasileiras já estão isentas de tarifas, um avanço significativo para o comércio exterior.
Por outro lado, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) lamentou que o governo norte-americano não tenha removido integralmente as tarifas sobre o produto nacional. A entidade alertou que a manutenção dessa alíquota elevada pode intensificar a queda nas exportações de cafés especiais para o mercado dos Estados Unidos no curto prazo.
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