De 5 a 8 de junho, o Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, será palco da Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e da Flor Pará. O evento, promovido pelo Governo do Estado e pelo Sistema Faepa/Senar, pretende atrair mais de 50 mil visitantes ao longo de quatro dias com uma programação que combina exposição de produtos, debates técnicos, inovação e valorização da agricultura familiar.
Com foco na produção sustentável e na bioeconomia, a feira consolida o papel do Pará como referência nacional na produção de cacau. O estado lidera o ranking brasileiro do setor, com cerca de 32 mil produtores distribuídos em 229 mil hectares, sendo 169 mil em plena produção. Medicilândia, no oeste do Pará, é o maior produtor estadual, responsável por mais de 44 mil toneladas anuais — cerca de 35% da produção total.
Segundo o presidente da Emater, Joniel Abreu, a feira é uma oportunidade estratégica para valorizar o trabalho dos agricultores locais e reforçar o protagonismo do Pará na bioeconomia. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) atua no fortalecimento da cadeia do cacau, apoiando pequenos produtores no acesso a crédito rural e tecnologias sustentáveis.
“Eventos como este mostram ao mundo o potencial da agricultura familiar paraense, baseada em práticas sustentáveis e em sintonia com a preservação ambiental”, afirma Joniel.
Sustentabilidade em foco
O cultivo do cacau no Pará se destaca pelo uso de sistemas agroflorestais e pela legislação estadual que proíbe o desmatamento para novas plantações. De acordo com Ivaldo Santana, coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Cacau (Procacau), a cultura é utilizada como ferramenta de recuperação ambiental.
“O Pará não desmata um palmo sequer para plantar cacau. Quem tem passivo ambiental pode recuperar áreas alteradas com o plantio em consórcio com outras espécies, garantindo renda e regeneração”, explica.
A cadeia produtiva também gera impacto econômico relevante. Em 2023, a produção de cacau arrecadou R$ 358 milhões em ICMS, segundo dados do Sistema Faepa/Senar. O presidente da instituição, Carlos Xavier, destaca que a cacauicultura tornou-se um dos pilares do desenvolvimento rural sustentável no estado.
Valorização da floricultura regional
Além do cacau, a feira também promove a cadeia produtiva das flores amazônicas. A Flor Pará dará visibilidade ao cultivo de espécies nativas como orquídeas, helicônias e antúrios, incentivando pequenos e grandes produtores. A floricultura é vista como alternativa de diversificação econômica e geração de renda, especialmente em comunidades rurais.
Com essa iniciativa, o Governo do Pará pretende consolidar a imagem do estado como referência em produção agrícola sustentável, promovendo o desenvolvimento aliado à conservação ambiental.
Serviço Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e Flor Pará Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, Belém 5 a 8 de junho de 2025 Programação completa será divulgada nos canais oficiais do Governo do Estado e Faepa/Senar.
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