Belém recebe exposição “Habitar a Floresta”, que conecta arquitetura, saberes ancestrais e sustentabilidade - Estado do Pará Online

Belém recebe exposição “Habitar a Floresta”, que conecta arquitetura, saberes ancestrais e sustentabilidade

Projetos arquitetônicos da Amazônia e de outros países latino-americanos mostram como construir em harmonia com a floresta e os saberes ancestrais

Créditos: Maíra Acayaba

O Centro Cultural Banco da Amazônia (CCBA) abre no dia 30 de outubro a exposição “Habitar a Floresta”, que reúne 13 projetos arquitetônicos cocriados com povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas da Amazônia e de países vizinhos, como Peru e Equador. A mostra integra a programação oficial da COP30 e busca apresentar soluções arquitetônicas sustentáveis que respeitam a floresta, a biodiversidade e os modos de vida tradicionais.

Com curadoria dos arquitetos Marcelo Rosenbaum e Fernando Serapião, a exposição explora construções que utilizam materiais naturais e locais, processos participativos e oficinas comunitárias. Os projetos destacam a cocriação como ferramenta de resistência e preservação, mostrando que a arquitetura pode ser um instrumento de diálogo entre o homem e o ambiente. “Outro ponto de união entre as obras é o uso de materiais sustentáveis e a cocriação dos projetos, desenvolvidos em processos participativos e oficinas comunitárias”, explica Serapião.

Créditos: Daniel Ducci

Entre os destaques, estão dois projetos no Pará: o Centro Experimental Floresta Ativa, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, em Santarém, e o projeto Carpinteiros da Amazônia, na ilha do Murutucu, em Belém. A exposição inclui vídeos, fotografias, desenhos e maquetes que mostram o passo a passo da concepção e execução das obras, permitindo ao público compreender a integração entre conhecimento tradicional e inovação arquitetônica.

A curadoria ainda promove uma reflexão sobre sociobiodiversidade e economia da floresta, valorizando o papel das comunidades locais na preservação ambiental e na construção de novas formas de habitar a Amazônia. Segundo Rosenbaum, “a exposição não é apenas sobre arquitetura, mas sobre modos de vida, resiliência e transmissão de saberes ancestrais, mostrando que é possível habitar a floresta sem destruí-la”.

Créditos: Léo Finotti

O Centro Cultural Banco da Amazônia, inaugurado em outubro de 2025, ocupa 4 mil m² e oferece biblioteca, salas de oficinas, minilab de inteligência artificial, restaurante, café e três galerias. Com investimento de R$ 30 milhões, o CCBA se consolida como um polo cultural da Amazônia, promovendo arte, pesquisa e educação ambiental. Para ampliar a acessibilidade, a exposição disponibiliza vídeos em LIBRAS e caderno em braile com os textos.

“Habitar a Floresta” fica em exibição de 30 de outubro a 30 de dezembro de 2025, na Galeria 2 do CCBA, e pretende engajar visitantes e delegações da COP30 em uma experiência que conecta cultura, sustentabilidade e identidade amazônica. O evento reforça a importância da região para o debate global sobre mudanças climáticas e destaca a criatividade e o conhecimento local como caminhos para um futuro sustentável.

SERVIÇO:

📍 Local: Centro Cultural Banco da Amazônia – Galeria 2
 Av. Presidente Vargas, 800 – Campina – Belém (PA)

🗓 Período: 30 de outubro a 30 de dezembro de 2025

Horário de visitação:

  • Outubro: terça a sexta, 14h às 20h
  • Novembro e dezembro: terça a sexta, 10h às 20h | sábados, domingos e feriados, 11h às 19h

🎟 Entrada: Gratuita
Acessibilidade: LIBRAS e braile disponíveis

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