Será aberta ao público neste sábado (8), às 10h, no Centro Cultural Banco da Amazônia, na avenida Presidente Vargas, a exposição internacional “Clima: o Novo Anormal”. A mostra multimídia convida o público a uma imersão nas transformações climáticas do planeta e chega a Belém como um alerta sobre a gravidade da crise ambiental global.
Com roteiro do escritor Claudio Angelo e direção artística do cineasta Fernando Meirelles, a exposição apresenta uma viagem interativa pelos principais temas do debate climático: efeito estufa, combustíveis fósseis, uso da terra, energias renováveis e consumo sustentável. A abertura contará com apresentação do cantor Bino e atividades voltadas ao público infantojuvenil.
“Clima: o Novo Anormal” propõe ao visitante repensar a forma de habitar o mundo, articulando informação científica e experiência sensorial. Com 30 monitores, painéis e dispositivos multimídia, o espaço oferece uma imersão visual nos dados climáticos do planeta. Um dos destaques é um globo digital suspenso, alimentado por quatro projetores, que exibe o aumento das temperaturas e o avanço do nível dos oceanos sob diferentes cenários de aquecimento global.
A mostra é resultado de uma parceria entre Brasil e França e faz parte da programação do Banco da Amazônia para a COP30, a Conferência do Clima da ONU que será realizada em Belém em 2025. A exposição é a versão brasileira da mostra francesa “Urgence Climatique”, criada pela Universcience, instituição pública dedicada à divulgação científica e tecnológica.
Com patrocínio master do Banco da Amazônia e apoio da Sanofi e Netshoes, via Lei Rouanet, a montagem brasileira tem coordenação de produção de Patrícia Galvão e busca unir arte, ciência e conscientização ambiental.
“A exposição provoca o debate e o combate às mudanças climáticas. É uma honra para o Banco da Amazônia trazer a Belém uma mostra que também está em cartaz em Paris”, destacou Roberto Schwartz, diretor de Crédito do Banco da Amazônia.
“Nosso papel é promover o desenvolvimento sustentável e gerar renda com a floresta em pé, mantendo critérios técnicos e rigorosos para negócios justos e sustentáveis”, completou.
A gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, reforçou que a mostra convoca as sociedades a agir coletivamente.
“O momento exige a reinvenção da nossa forma de viver e das nossas práticas. O conhecimento e os meios de ação estão aí”, afirmou.
Para o roteirista Claudio Angelo, a exposição busca mostrar a realidade climática sem filtros. “Optamos por uma apresentação direta dos fatos, incluindo os impactos já irreversíveis. É importante que o público entenda que não existe saída sem mobilização de todos os setores da sociedade”, disse.
Já Patrícia Galvão, coordenadora de produção, ressaltou a importância simbólica da capital paraense.“Belém é hoje uma das cidades mais importantes do planeta quando o assunto é clima. Trazer essa exposição para cá é reconhecer o protagonismo da Amazônia e a urgência de pensar o futuro a partir deste território”, afirmou.
A exposição inaugura a Galeria 3 do Centro Cultural Banco da Amazônia. As outras salas seguem com as mostras “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”, na Galeria 1, e “Habitar a Floresta”, na Galeria 2, que apresenta projetos arquitetônicos realizados com povos originários, comunidades ribeirinhas e quilombolas.
Serviço:
Exposição: Clima – O Novo Anormal
Abertura: sábado, 8 de novembro de 2025, às 10h
Local: Centro Cultural Banco da Amazônia — Av. Presidente Vargas, Belém
Visitação: até 8 de fevereiro de 2026
Entrada: gratuita
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