Um recente estudo divulgado pela Climate Central, uma organização americana especializada em monitoramento meteorológico, revelou que os impactos das mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais evidentes nos registros de temperatura em todo o mundo.
Durante o período compreendido entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, o estudo apontou que 80% da população global foi exposta a pelo menos um dia de temperaturas acima da média esperada para esse período. No Brasil, essa proporção aumenta significativamente para 93%, afetando aproximadamente 200 milhões de habitantes. A média de aumento de temperatura registrada no país durante esses meses foi de 0,71°C.
- 1 – Vila Velha, 1,15°C
- 2 – Goiânia, 0,99°C
- 3 – Campinas, 0,93°C
- 4 – Recife, 0,90°C
- 5 – Salvador, 0,84°C
- 6 – Maceió, 0,77°C
- 7 – Manaus, 0,70°C
- 8 – Belém, 0,63°C
- 9 – Curitiba, 0,6°C
- 10 – Brasília, 0,59°C
- 11 – Guarulhos, 0,56°C
- 12 – São Paulo, 0,54°C
- 13 – Rio de Janeiro, 0,47°C
- 14 – Porto Alegre, 0,46°C
- 15 – São Gonçalo, 0,17°C
Belém
Entre as 678 cidades analisadas em 175 países, Belém figura entre as 15 cidades brasileiras com as temperaturas mais elevadas mencionadas no levantamento. Destacam-se também países como Bósnia, Romênia e Sérvia, com aumentos de temperatura de 4,09°C e 3,97°C, respectivamente. O estudo utiliza como base comparativa a média registrada entre 1991 e 2020.
Uma das principais razões por trás dessas elevações de temperatura é a crescente quantidade de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, o principal gás responsável pelo efeito estufa. As concentrações atingiram 422,8 ppm em janeiro de 2024, marcando o maior nível em dois milhões de anos.
É crucial ressaltar que, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus, fevereiro de 2024 marcou o nono mês consecutivo de recorde de calor na Terra, com um aumento de 0,81°C em relação à média do mês nos últimos 30 anos. Em comparação com o período pré-industrial, de 1850 a 1900, o aumento foi de 1,77°C.
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