A audiência que decidirá sobre a extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli, presa em Roma desde julho, foi adiada novamente pela Justiça italiana. A Corte de Apelações de Roma marcou a nova data para 18 de dezembro, após a defesa apresentar dezenas de documentos que afirma serem favoráveis à parlamentar.
Dados dos processos enviados ao tribunal motivaram o adiamento. Segundo os advogados de Zambelli, o material reúne cerca de 70 itens, incluindo pareceres e textos que alegariam perseguição política no Brasil. O advogado que representa o país, no entanto, contestou a inclusão dos documentos por entender que não obedecem aos critérios de prazo e formato.
Entre os elementos apresentados está o relatório do deputado Diego Garcia, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, no qual o parlamentar sustenta que Zambelli seria alvo de perseguição. A AGU e o Ministério Público italiano poderão avaliar o conteúdo caso a corte aceite o novo conjunto de documentos.
O Ministério Público do país já havia se manifestado de forma favorável à extradição, afirmando que todos os requisitos legais estão presentes no processo. A deputada foi condenada pelo STF a dez anos de prisão pela invasão do sistema do CNJ e deixou o Brasil antes da execução da pena, sendo considerada foragida.
Única instância superior ao tribunal que conduz o caso, a Corte de Cassação ainda poderá ser acionada pelas partes após a decisão de dezembro. Depois disso, caberá ao governo italiano definir, em prazo de até 45 dias, se a extradição será ou não autorizada.
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