Os ataques aéreos dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas não destruíram o programa atômico do país, apenas retardando seu avanço em alguns meses, segundo um relatório preliminar da inteligência norte-americana. A informação surge em meio a um frágil cessar-fogo mediado pelo então presidente Donald Trump entre Irã e Israel, após 12 dias de conflito.
Trump havia afirmado que os bombardeios com bombas de 30 mil libras “obliteraram” as capacidades nucleares iranianas, mas fontes próximas ao relatório da Agência de Inteligência de Defesa contradisseram essa versão. De acordo com três pessoas familiarizadas com o assunto, os estoques de urânio enriquecido do Irã permaneceram intactos, e as estruturas subterrâneas não foram destruídas, apenas danificadas. A Casa Branca rejeitou a avaliação, classificando-a como “totalmente errada”.
Enquanto Israel e Irã declaravam vitória, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que os ataques neutralizaram ameaças nucleares, enquanto o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, celebrou uma “grande vitória”. Apesar do cessar-fogo, ambos os lados acusaram-se de violações, e Trump criticou publicamente Israel, pedindo que o país “se acalmasse”.
O conflito, que começou com um ataque israelense em 13 de junho, deixou centenas de mortos: autoridades iranianas relataram 610 mortes, enquanto os mísseis de retaliação do Irã mataram 28 pessoas em Israel. Com a trégua, os preços do petróleo caíram e os mercados reagiram positivamente.
Com informações da Reuters.
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