Após mais de 10 anos de ausência, o Cordão do Peixe-Boi voltou a encantar as ruas de Belém neste domingo (30). O cortejo, realizado pelo Instituto Arraial do Pavulagem, resgatou uma tradição iniciada em 2003 e interrompida em 2013, reunindo crianças, famílias, músicos e admiradores da cultura amazônica.
O evento marcou o encerramento de dois meses de oficinas, vivências e atividades formativas que prepararam a comunidade para o reencontro com o símbolo do peixe-boi amazônico, representando não apenas a riqueza cultural da região, mas também a importância da conscientização ambiental.
“Ver esse brinquedo voltar justamente agora reforça o valor do nosso legado para as novas gerações e fortalece nossa conexão com a natureza”, afirmou Júnior Soares, músico e cofundador do Arraial do Pavulagem.
Projeto e parcerias
O retorno do Cordão do Peixe-Boi faz parte do projeto “Arrastão do Pavulagem Cultura da Amazônia na COP30 e além”, com patrocínio máster da Petrobras via Lei Federal de Incentivo à Cultura e apoio de órgãos como Ministério da Cultura, Governo do Estado do Pará, Prefeitura de Belém, Sesc PA e Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis Concaves.
O projeto engloba ainda outros cortejos, como o Arrastão do Círio e o Cordão do Galo, e foi selecionado entre mais de 8 mil inscritos na Chamada Petrobras Cultural Novos Eixos de 2024, destacando-se entre 140 propostas aprovadas.
Programação festiva
As atividades começaram cedo, com apresentações infantis do Arraial Desde Gitinho e a narração da lenda do Peixe-Boi Encantado. Em seguida, o cortejo fluvial percorreu a Baía do Guajará, levando o Peixe-Boi e seus personagens pelas águas, antes de desembarcar para o arrastão pelas ruas da cidade.
O percurso terminou na Praça Dom Pedro II, onde o Arraial do Pavulagem realizou um show especial, com participações de artistas locais como Gigi Furtado e Allan Carvalho, consolidando o retorno da festa como um marco cultural de Belém.
O evento reafirma a missão do instituto de promover educação, cidadania e preservação da cultura amazônica, além de reforçar o vínculo da cidade com suas águas e com a fauna local, simbolizada pelo emblemático peixe-boi.
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