Um arcebispo do Norte do Brasil foi cotado como possível sucessor do papa Francisco. Trata-se de Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus, cujo nome apareceu em uma lista de papáveis divulgada pela agência Reuters. Natural de Forquilhinha, Santa Catarina, Dom Leonardo foi nomeado cardeal em 2022, tornando-se o primeiro cardeal da Amazônia.
Dom Leonardo, de 74 anos, é reconhecido por sua atuação em defesa da Amazônia, dos pobres e da inclusão social, alinhando-se à visão progressista do papa Francisco. Ele é um dos sete cardeais brasileiros que participarão do conclave para eleger o novo pontífice, que começa em 7 de maio de 2025 no Vaticano.
O arcebispo ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1972 e foi ordenado sacerdote em 1978. Ele possui formação acadêmica sólida, com bacharelado em Filosofia e Pedagogia, além de doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. Ao longo da carreira, atuou como mestre de noviços, professor e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de ter sido bispo auxiliar de Brasília por indicação do papa Bento XVI.
Em 2019, foi nomeado arcebispo metropolitano de Manaus pelo papa Francisco, que, em 2022, o elevou ao cardinalato, conferindo-lhe o título de cardeal da Amazônia – uma representação inédita da região na cúpula da Igreja Católica. Na ocasião, Steiner destacou a atenção do papa Francisco para a Amazônia e para as periferias, ressaltando a importância de uma Igreja missionária, presente e viva, especialmente nas áreas mais pobres e afastadas.
As pautas ambientais defendidas pelo arcebispo ganhariam forte representatividade, especialmente neste ano em que os olhos do mundo estarão voltados para o Norte do Brasil, mais precisamente para Belém do Pará, que sediará a COP30 em novembro de 2025. O evento reunirá líderes globais para discutir mudanças climáticas, com foco especial na Amazônia, seus povos indígenas e ribeirinhos, colocando a região no centro das negociações internacionais sobre preservação ambiental e sustentabilidade.
Apesar da cotação, especialistas apontam que as chances de um papa brasileiro ainda são remotas, com a preferência recaindo sobre cardeais europeus, asiáticos e norte-americanos, sendo o favorito o italiano Pietro Parolin. Outro arcebispo brasileiro, Dom Sérgio da Rocha, também chegou a ser citado, mas não figura entre os favoritos atualmente.
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