Alerta de prevenção: dengue segue como ameaça à saúde pública no Pará

Segundo o Informe Epidemiológico 01 divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), neste ano já foram confirmados 409 casos de dengue no Pará

Todo cuidado é necessário para o combate a Dengue
Foto: Jader Paes/ Agência Pará

Com as intensas chuvas caracterizando mais um inverno amazônico, a coordenação estadual de Arboviroses enfatiza a necessidade de a população manter medidas preventivas contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, chikungunya, febre de zika e mayaro.

Segundo o Informe Epidemiológico 01, neste ano já foram confirmados 409 casos de dengue no Pará, com 402 casos simples e 07 casos com sinais de alarme. Não houve registro de óbitos por dengue até o momento.

Os municípios com maior incidência de casos são Monte Alegre (162), Belém (49) e Parauapebas (36). O Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e o Instituto Evandro Chagas (IEC) identificaram 40 casos de dengue tipo 1 e 152 casos de dengue tipo 2.

Até o momento, não foram confirmados casos de chikungunya, nem notificações de zika ou mayaro no estado.

De acordo com o Informe Epidemiológico de 2024 sobre casos de dengue, chikungunya e zika no Pará, houve queda de 36,49% nos casos de dengue nas primeiras cinco semanas do ano em relação ao mesmo período de 2023.

Para monitorar a situação, a Sespa recomenda que os municípios realizem o Levantamento Rápido Aedes aegypti (LIRAa), que avalia o Índice de Infestação Predial (IIP) pelo mosquito. Este indicador é vital para estimar o risco de transmissão das doenças e é produzido através da análise de imóveis com larvas do mosquito. A coordenação estadual orienta que um IIP abaixo de 1% é satisfatório, entre 1% e 3,9% é considerado de alerta, e acima de 3,9% é considerado de risco.

A secretaria está apoiando e assessorando os 144 municípios paraenses com base nos Planos de Contingência Municipais. O controle vetorial, que envolve o uso de larvicida, é responsabilidade dos municípios, com fornecimento pelo Ministério da Saúde e distribuição pela Sespa.

Sintomas

Os sintomas de dengue, chikungunya e zika são similares, portanto é importante estar atento. Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores articulares moderadas, manchas vermelhas na pele e coceira leve. Já a chikungunya se caracteriza por febre alta, dores articulares intensas, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos. Enquanto a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira leve a intensa e vermelhidão nos olhos.

É fundamental que as Secretarias Municipais de Saúde notifiquem à Coordenação Estadual de Arboviroses casos graves e óbitos por dengue, chikungunya e zika dentro de 24 horas.

Prevenção

Medidas preventivas incluem evitar a automedicação e procurar atendimento médico ao surgirem sintomas, além de manter cuidados como manter reservatórios de água fechados, acondicionar lixo de maneira adequada e eliminar possíveis criadouros do mosquito.

Serviço

Para orientações e denúncias sobre possíveis criadouros, a população deve contatar a Secretaria Municipal de Saúde de seu município.

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