A Polícia Federal (PF) no Pará emitiu um ofício de alta relevância ao governo federal, comunicando a possibilidade de ataques direcionados a agentes de segurança pública. O alerta aponta como foco principal a ação de membros da facção criminosa Comando Vermelho, especialmente na Região Metropolitana de Belém.
O documento aconselha que os policiais mantenham um “nível máximo de cautela“, exigindo que evitem situações, locais ou percursos que possam aumentar sua vulnerabilidade. A comunicação interna foi distribuída para reforçar a segurança do efetivo que atuará durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30).
A preocupação com a segurança da equipe de Belém e das delegacias descentralizadas intensificou-se pouco antes de uma grande operação ocorrer no Rio de Janeiro, resultando em mais de 120 mortes. No ofício, a PF também solicita que o setor de Inteligência Policial seja imediatamente informado sobre qualquer movimentação suspeita ou risco à integridade dos servidores.
O Palácio do Planalto, juntamente com os Ministérios da Justiça e da Defesa, confirmou o recebimento do alerta policial há aproximadamente duas semanas. Esta comunicação da PF foi um dos fatores cruciais que motivaram a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de decretar uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado.
Além do alerta local, a megaoperação ocorrida no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho também influenciou o governo a adotar medidas preventivas no Pará. Há um receio de que desdobramentos da ofensiva fluminense possam gerar reações de grupos criminosos em outros estados, particularmente na Região Amazônica.
Com a GLO em vigor de 2 a 23 de novembro, cerca de 8 mil militares foram destacados para atuar em Belém e cidades vizinhas, cobrindo o período de preparação, realização e desmobilização da COP 30. As Forças Armadas concentrarão suas ações no perímetro externo do Parque da Cidade e em pontos logísticos estratégicos, como o Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, portos e subestações de energia.
*Com informações da CNN
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