O agente do Detran, Diógenes dos Santos Samaritano é acusado de assassinar a própria esposa, Dayse Dyana Sousa e Silva. O Julgamento terá lugar no Fórum Criminal, no Bairro Cidade Velha, em Belém, e será presidido pelo Juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, da 4ª Vara do Tribunal de Júri de Belém no próximo dia 20.
Dayse foi vítima de um homicídio em sua residência no Bairro Parque dos Carajás, em 31 de março de 2019. De acordo com as conclusões da perícia criminal, ela foi agredida e posteriormente, já inconsciente, foi lançada pela janela do segundo andar da casa, vindo a falecer no local.
Inicialmente, Diógenes e sua equipe de defesa afirmaram que a vítima teria se jogado da janela, porém, as evidências levantadas pela perícia indicaram um crime de feminicídio. O histórico de violência relacionado a Diógenes também foi considerado durante a análise do caso.
O julgamento foi transferido para Belém porque a defesa de Diógenes argumentou que, tanto em Parauapebas quanto em Marabá, o júri não seria imparcial devido à ampla repercussão do caso nessas cidades. Por outro lado, em Belém, os jurados não têm conhecimento prévio dos envolvidos no feminicídio, o que significa que irão julgar o caso apenas com base nas informações apresentadas durante o tribunal do júri.
Outra condenação
Além do processo pelo crime de feminicídio, pelo qual será julgado, Diógenes Samaritano enfrenta outra condenação datada de 22 de novembro do ano passado. Ele foi considerado culpado por reter ilegalmente carteiras de habilitação (CNHs) e documentos de veículos com pendências junto ao Detran, exigindo propina para sua devolução.
Este caso veio à tona durante as investigações do assassinato de Dayse Dyana, quando a polícia realizou buscas na residência do agente de trânsito e encontrou centenas de documentos retidos. Diógenes Samaritano nunca foi demitido de seu cargo e ainda está apelando dessa sentença.
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