A sétima filiação partidária de Ursula Vidal e seu dilema eleitoral com a família Barbalho

Desde 2014, Ursula entrou na política em busca se eleger a algum cargo público, mas ainda não teve êxito.

Ursula Vidal, Fafá de Belém e Jader Barbalho em evento no Teatro da Paz bbbb//g

Desde que deixou a SECULT no dia 04 deste mês, a ex-secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal (União Brasil) vive um dilema entre ser ou não a vice de Igor Normando.

Entre as opções de lançar candidatura própria e disputar pela segunda vez a Prefeitura de Belém, batendo chapa contra o candidato do governador Helder Barbalho (MDB) e ao mesmo tempo contra o atual prefeito, Edmilson Rodrigues, do qual é amiga pessoal e até outro dia estava filiada ao seu partido, o PSOL – por onde disputou uma vaga ao senado nas eleições de 2018 – Ursula é tida como uma incógnita entre os postulantes ao cargo de prefeito de Belém, nas eleições de outubro deste ano.

Após assinar sua sétima filiação partidária, Ursula tem seu destino político sendo desenhado de forma dúbia, pois tem um discurso progressista, mas segue submissa aos interesses da família Barbalho, considerada remanescente do baratismo, que por sua vez fez história no Pará, com seu perfil coronelista, o qual foi seguido por Jader Barbalho e tem continuidade nos governos de Helder Barbalho e seu irmão, o ministro das Cidades, Jader Filho, que juntos são os caciques do MDB no Pará.

Há quem diga que a filiação de Ursula no União Brasil foi pactuada em uma reunião com o presidente Lula, o ministro do Turismo, Celso Sabino – que é o presidente do partido no Pará – e o governador Helder Barbalho. A reunião teria acontecido em Brasília, onde decidiram que seria bom ter mais uma candidatura para enfrentar o candidato bolsonarista, Eder Mauro (PL), que lidera as pesquisas eleitorais até aqui realizadas.

No entanto, para ser levada a sério, Ursula precisaria fazer uma campanha pró-ativa contra seus adversários e não tão somente contra Eder Mauro. Mas como “atacar” Igor Normando e Edmilson e num eventual segundo turno ela precisar ser apoiada ou apoiar um dos dois?

E mais, de 2018 pra cá, Ursula carrega consigo o estigma de se contradizer perante seu eleitorado em Belém, já que sempre fez um discurso progressista, contra a corrupção e as oligarquias, mas resolveu se unir a elas e hoje é tida como submissa aos desejos e imposições da família Barbalho.

Para quem chegou até aqui, conheça mais em detalhes sobre a sétima filiação de Ursula no link abaixo.

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