A energia mais cara do Brasil. Previsto para valer a partir do dia 07/08, reajuste na conta de luz do paraense é contestado na justiça

Aumento na tarifa energia elétrica conta de luz mais cara

Neste sábado, 29, o Movimento Popular Unificado de Belém – MPUB, ajuizou ação civil pública perante a 5ª Vara Federal para que a ANEEL e a Equatorial não apliquem o aumento 18% na conta de luz dos consumidores paraenses, até que seja realizada nova audiência pública onde seja realmente ouvida a população paraense. A ação prevê a pena de multa diária equivalente a R$ 100.000,00 (cem mil reais) por dia de descumprimento.

“A Procuradoria-Geral (PGE), em parceria com a Defensoria Pública do Estado (DPE), também ajuizou Ação Civil Pública na Justiça Federal da 1ª Região para suspender o aumento tarifário, previsto para ser aplicado pela Equatorial Energia, a partir do próximo dia 07 agosto”, informou a Agência Pará.

Assim que soube do anúncio do reajuste feito pela ANNEL, o ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania) foi o primeiro político paraense a se manifestar. Ele gravou um vídeo lembrando que somos o segundo maior produtor de energia do Brasil e que 80% da energia gerada no Pará é levada para outros estados, sem que recebamos nenhum centavo por ela, já que o ICMS é pago no local onde a energia é consumida e não onde é produzida.

Pra piorar, dos 20% restantes da energia elétrica gerada em nossas hidrelétricas, 10% vai para o funcionamento das grandes empresas instaladas aqui, como a VALE, Hidro, Imerys que nada pagam por essa energia. Os 10% restantes é pago pelos mais de três milhões de consumidores paraenses, que segundo Jordy boa parte está deixando de comer para pagar a conta de luz.

Jordy também lembra da promessa feita pelo governador Helder Barbalho, de que o valor da conta de luz do povo paraense iria baixar e não baixou e pelo jeito vai é aumentar, de novo.

Enquanto isso, a elite política providencia a instalação de placas de captação de energia solar para baraterar o gasto financeiro em suas empresas e residências, o que o trabalhador comum e a maioria dos paraenses nem sonha em poder fazer.

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