A Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel) convocou uma reunião extraordinária com as 18 entidades do Conselho Municipal de Transporte para discutir a nova tarifa de ônibus na capital. A reunião, agendada para a sexta-feira (28), visa analisar as propostas apresentadas pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) e pela própria Segbel.
O Setransbel propôs um aumento de 46,25% na tarifa, elevando-a para R$ 5,85. Essa proposta considera despesas operacionais, custos fixos e a necessidade de equilíbrio econômico-financeiro do sistema. Já a Segbel sugeriu uma tarifa de R$ 5,54, representando um aumento de 38,50%. Ambas as propostas buscam recompor os custos das empresas, mas não consideram o impacto no poder aquisitivo da população.
A tarifa atual de R$ 4 está congelada há quase três anos. Em 2022, o último reajuste elevou a tarifa de R$ 3,60 para R$ 4. No entanto, o Conselho Municipal de Transporte havia aprovado uma tarifa técnica de R$ 5,00 para garantir a viabilidade do sistema. A falta de subsídio para cobrir o déficit entre a tarifa técnica e a pública tem contribuído para a crise no setor.
As propostas de aumento significam um aumento mensal considerável para os usuários do transporte público. Com a tarifa proposta pela Segbel (R$ 5,54), o gasto mensal de um usuário que pega duas conduções diárias sem vale transporte passaria de R$ 192 para R$ 265,92, afetando cerca de 17,52% do salário mínimo. Já com a proposta do Setransbel (R$ 5,85), o gasto mensal seria de R$ 280,80, impactando cerca de 18,50% do salário mínimo.
A decisão final sobre o novo valor da tarifa caberá ao prefeito de Belém, Igor Normando (MDB). Apesar das discussões no Conselho Municipal de Transporte, a aprovação ou rejeição das propostas dependerá da avaliação do Executivo Municipal.
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