O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) viveu um dia especial na última sexta-feira (31), ao transformar a brinquedoteca do 2º andar em um cenário de encanto e diversão. Em comemoração ao Dia do Mágico, a unidade organizou uma programação repleta de surpresas para os pequenos pacientes e seus familiares, proporcionando um momento de alívio e alegria em meio à rotina desafiadora do tratamento oncológico.
A atração principal do evento foi o mágico Dalton Felipe, que cativou as crianças com truques surpreendentes e interativos. Entre olhares curiosos e risadas espontâneas, os pacientes foram transportados para um universo lúdico, onde a dor e as dificuldades deram lugar à fantasia.
Para Dalton, a mágica vai além do entretenimento e se torna uma ferramenta de envolvimento e aprendizado. “Escolhi essa profissão porque fiquei fascinado pela capacidade de criar momentos mágicos e impactar as pessoas com a arte. No hospital, meu trabalho como voluntário ensina às crianças valores como amor, cuidado e respeito, além de estimular o desenvolvimento de habilidades pessoais que, fora desse ambiente, talvez não tivessem a oportunidade de explorar”, afirmou.
Para muitas famílias, eventos como esse são essenciais para aliviar a carga emocional imposta pela luta contra o câncer. Rosenilda Dias, mãe de Ravi Matteo, de 1 ano e 3 meses, destacou a importância da iniciativa. “Estamos sempre preocupados, pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Com essas ações, conseguimos nos distrair e sentir um alívio momentâneo da tensão que a doença traz para nossas vidas”, disse.
A programação foi organizada pela equipe de Humanização do hospital, que busca tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor e menos impactante para os pequenos pacientes. Segundo a brinquedista do Hoiol, Bianca Dominguez, a mágica foi uma ferramenta poderosa para desviar o foco da doença e estimular o bem-estar das crianças. “A maioria nunca tinha visto uma apresentação de mágico. Esse tipo de atividade não apenas proporciona momentos de alegria, mas também contribui para o desenvolvimento cognitivo, estimulando o raciocínio lógico e a percepção de que há algo além do que os olhos veem”, explicou.
Além do entretenimento, a mágica tem um impacto profundo no emocional dos pacientes e familiares. Nathália Broges, mãe de André David, de 6 anos, relatou como a apresentação ajudou sua família em um momento difícil. “Essa semana foi muito complicada para nós, pois descobrimos recentemente o diagnóstico dele. Mas, de alguma forma, nos sentimos abraçados. A risada é o melhor remédio para nossas dores”, destacou.
A iniciativa reforça o compromisso do hospital com o cuidado humanizado, mostrando que, além do tratamento médico, o acolhimento emocional e a diversão também são fundamentais para a recuperação das crianças.
Leia também:
Deixe um comentário