Mulher mantida refém em apartamento no Império Amazônico é liberada após quatro horas de negociação

Policial Militar, marido da vítima, enfrenta depressão e passa por tratamento psicológico.

Uma mulher foi mantida refém por seu marido, um policial militar, durante cerca de quatro horas em um apartamento do Bloco 11, Entrada C, no conjunto Império Amazônico, em Belém. A situação foi resolvida após intensas negociações, e a vítima foi liberada por volta das 19h, visivelmente abalada, recebendo atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O episódio, que mobilizou equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Samu e psicólogos, começou quando vizinhos ouviram gritos de socorro vindos do apartamento e acionaram os serviços de emergência, por volta das 15h. As guarnições chegaram ao local e iniciaram o processo de negociação com o policial, que não estava armado.

“O primeiro contato não teve sucesso, e a crise se prolongou por mais de quatro horas”, explicou o tenente-coronel Thiago, que coordenou a operação. Segundo ele, o policial militar permaneceu dentro do apartamento por mais 30 minutos após a libertação da esposa. Durante as negociações, o homem falava por trás da porta e, devido à sua evidente instabilidade emocional, os policiais tentavam convencê-lo a abrir a porta para que ele recebesse atendimento adequado.

“Era claro que ele estava mentalmente abalado. Não sabíamos os motivos, mas o foco era garantir que ele saísse e recebesse ajuda. A negociação foi longa, mas, felizmente, conseguimos preservar vidas”, relatou o tenente-coronel.

A família do policial foi chamada para auxiliar nas negociações. A irmã dele, Talita Pinheiro, esclareceu que seu irmão passa por tratamento psicológico e não estava mantendo a esposa refém, como inicialmente relatado. “Ele precisava de ajuda. Houve um mal-entendido com os vizinhos, que chamaram a polícia. Meu irmão já teve um histórico de depressão e está em tratamento. Ele está trabalhando em atividades administrativas e não foi afastado”, afirmou Talita, destacando que o policial já havia demonstrado sinais de depressão anteriormente.

Após o desfecho, o policial militar foi encaminhado a um hospital para cuidados médicos, enquanto sua esposa foi acolhida pelas equipes da Polícia Militar. A PM também está oferecendo suporte à família durante este momento delicado.

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