Mangal das Garças inaugura novo recinto para corujas e recebe nova habitante

Novo espaço no Mangal das Garças proporciona melhor exibição e conforto para três espécies de murucututu.

Foto: fonteO recinto abriga três espécies de murucututu (Pulsatrix perspicillata)/ Divulgação

Um novo recinto para corujas foi inaugurado no Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, localizado dentro da Reserva José Márcio Ayres, conhecida como borboletário. Este espaço abriga três espécies de murucututu (Pulsatrix perspicillata), também chamada coruja-de-óculos, incluindo a mais nova moradora, Morgana. As aves podem ser vistas durante o horário de funcionamento do parque.

Anteriormente, as corujas ficavam em um recinto interno, onde passavam por adaptação e quarentena para avaliar sua saúde física e psicológica antes de serem exibidas ao público. Com a mudança para o novo e maior espaço na Reserva José Márcio Ayres, as aves se adaptaram bem, proporcionando uma melhor observação aos visitantes.

“As pessoas sempre perguntavam por elas, querendo saber, ver, ficar perto, então decidimos fazer um recinto que permitisse essa exibição e, principalmente, que trouxesse mais conforto para elas. Agora será possível observá-las ao entrar na Reserva José Márcio Ayres”, contou Camilo González, veterinário responsável pela fauna do Mangal.

González explica que as corujas têm atividade noturna e, portanto, durante o descanso diurno, os cuidados devem ser rigorosos. “Estas aves possuem uma audição 50 vezes mais apurada que a do ser humano. Deixamos o pedido e o alerta de que o público deve prezar pela observação silenciosa, já que se trata de um animal que necessita de silêncio para descansar”, pontua.

Murucututu no Mangal das Garças

A murucututu habita várias regiões do Brasil, como a Amazônia, Planalto Central, Pantanal e a Mata Atlântica do Nordeste. No Mangal das Garças, residem três exemplares: Olivia, que chegou em 2020; Gugu, recebida em 2022; e Morgana, acolhida em junho deste ano. “A Morgana já se adaptou muito bem ao parque e divide o recinto com Olivia e Gugu. As três têm se dado muito bem e aproveitado bastante o espaço”, considera González.

Administrado pela Organização Social Pará 2000, o Parque Zoobotânico Mangal das Garças é referência em reprodução e reabilitação de aves. As corujas foram transferidas do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará e do Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira da Universidade Federal Rural da Amazônia, devido a problemas nas asas que as impediram de voltar à natureza. No parque, recebem tratamento e alimentação adequada, participando de projetos de educação e conscientização ambiental.

A gestão do parque destaca que os animais impossibilitados de reintrodução por lesões causadas por maus-tratos ou tráfico foram transferidos de instituições regulamentadas pelo Ibama, como zoológicos e criadouros científicos. O Mangal não recebe animais de pessoa física.

Visitação

Para ver as murucututus de perto, o Mangal está aberto de terça a domingo, das 8h às 18h. Para entrar na Reserva José Márcio Ayres, é necessário adquirir ingresso de 7 reais. As corujas também podem ser vistas gratuitamente durante passeios guiados pelos técnicos ambientais do parque, realizados de terça a sexta, das 17h às 18h, que incluem explicações sobre o modo de vida das aves.

Serviço

  • Parque Zoobotânico Mangal das Garças
  • Aberto de terça a domingo, das 8h às 18h (fechado às segundas para manutenção)
  • Endereço: Rua Carneiro da Rocha, s/n, Cidade Velha, Belém
  • Entrada franca

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