Atuação sindical marca agenda da medicina no Pará - Estado do Pará Online

Atuação sindical marca agenda da medicina no Pará ao longo de 2025

SINDMEPA intensifica cobranças, fiscalizações e articulações políticas em defesa dos médicos e da saúde pública

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A atuação do Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (SINDMEPA) esteve no centro dos principais debates sobre trabalho médico e saúde pública ao longo de 2025. Presente em negociações com gestores, mobilizações salariais, fiscalizações em unidades de saúde e articulações nacionais e internacionais, a entidade consolidou seu papel como uma das principais vozes da categoria no Estado.

Desde o início do ano, o sindicato concentrou esforços na defesa de direitos trabalhistas e na cobrança por regularidade nos pagamentos de profissionais da rede pública. Em fevereiro, reuniões com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) resultaram na regularização de salários atrasados de médicos estaduais, após pressão direta da entidade, que seguiu monitorando o cumprimento dos acordos.

A defesa da ética médica e da responsabilidade profissional também esteve na pauta do sindicato. Em março, o SINDMEPA se posicionou publicamente contra a disseminação de informações falsas na área da saúde, reforçando a importância da ciência e da boa prática médica diante de episódios que geraram repercussão nacional.

No mesmo período, o sindicato passou a intensificar a mobilização pelo piso salarial da categoria no Pará, diante da defasagem histórica nos vencimentos. A iniciativa ganhou força em abril, com a articulação de uma petição pública e o engajamento de médicos em diferentes regiões do Estado.

A pauta avançou em maio, quando diretores do SINDMEPA participaram de mobilizações em Brasília, ao lado de entidades médicas de todo o país, pela aprovação do piso salarial nacional. Ainda naquele mês, o Projeto de Lei nº 765/2015, que trata do piso de médicos e cirurgiões-dentistas, foi aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, resultado acompanhado de perto pelo sindicato.

A fiscalização das condições de trabalho foi outro eixo central da atuação sindical. Ao longo do ano, o SINDMEPA realizou vistorias técnicas em unidades de saúde de Belém e do interior, identificando problemas como falta de insumos, precariedade estrutural e atrasos no pagamento de honorários. Um dos casos mais sensíveis envolveu médicos do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, cuja situação foi acompanhada de forma contínua até a regularização dos pagamentos, em setembro.

No campo institucional, o sindicato ampliou sua atuação para além das fronteiras estaduais. Em outubro, participou da 6ª Conferência Internacional de Sindicatos Médicos, onde foram debatidos temas como valorização profissional, equidade de gênero, violência contra médicos e os impactos da inteligência artificial na prática médica. No Pará, o período também foi marcado por manifestações contra atrasos salariais e por ações alusivas ao Dia do Médico, com debates sobre os desafios da profissão.

Em novembro, o SINDMEPA levou a pauta da saúde para o centro das discussões globais ao participar da COP30, em Belém. O sindicato destacou a relação direta entre mudanças climáticas, Amazônia e saúde pública, chamando atenção para os impactos ambientais sobre as populações e sobre o trabalho dos profissionais da saúde.

O ano foi encerrado com o fortalecimento da assessoria jurídica do sindicato, ampliando a atuação na defesa das prerrogativas médicas, da ética profissional e dos direitos trabalhistas dos sindicalizados.

Ao longo de 2025, o SINDMEPA manteve presença constante nos principais embates que envolvem a medicina no Pará, reafirmando seu papel como entidade representativa da categoria e como agente ativo na defesa de uma saúde pública estruturada, com profissionais valorizados e condições dignas de trabalho.

Nesse contexto, a entidade sinaliza que seguirá com o mesmo ímpeto no ano de 2026. A ampliando a atuação sindical, fortalecendo o diálogo institucional e intensificando a fiscalização e a luta pelos direitos dos médicos paraenses, para ter uma saúde pública estruturada, com profissionais valorizados e condições dignas de trabalho. 

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