Trama Golpista: Moraes determina prisão domiciliar de condenados por tentativa de golpe - Estado do Pará Online

Trama Golpista: Moraes determina prisão domiciliar de condenados por tentativa de golpe

Militares, ex-assessor de Bolsonaro e dirigente de instituto estão entre os alvos da decisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (27) a prisão domiciliar de dez réus condenados por envolvimento na trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro. A decisão atinge militares do Exército, uma delegada da Polícia Federal, um dirigente de instituto ligado ao sistema eleitoral e um ex-assessor do ex-presidente.

Entre os alvos estão sete militares do Exército, a delegada da Polícia Federal Marília de Alencar, o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Bolsonaro. Todos integram os núcleos 2, 3 e 4 da acusação de golpe de Estado, já foram condenados pelo STF e recorriam em liberdade.

Como medidas cautelares, a decisão impõe o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega de passaportes e a proibição de contato entre os réus. Também fica vedado o uso de redes sociais, além da suspensão do porte de armas.

De acordo com Moraes, as prisões domiciliares buscam evitar novas fugas de condenados pelos atos golpistas. O ministro citou a detenção do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, preso no Paraguai após deixar o Brasil e tentar embarcar para El Salvador com passaporte falso, e afirmou que há indícios de um padrão de atuação para saída irregular do país, mencionando ainda outros casos ligados às ações penais do 8 de janeiro.

Quem são os presos:

Filipe Martins – ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro: 21 anos de prisão
Marília de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça: 8 anos e 6 meses de prisão
Ailton Gonçalves Moraes Barros – major da reserva do Exército: 13 anos de prisão
Giancarlo Gomes Rodrigues – subtenente do Exército: 14 anos de prisão
Bernardo Romão Correa Netto – coronel do Exército: 17 anos de prisão
Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército: 17 anos de prisão
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros – tenente-coronel: 17 anos de prisão
Guilherme Marques de Almeida – tenente-coronel do Exército: 13 anos e 6 meses de prisão
Fabrício Moreira de Bastos – coronel do Exército: 16 anos de prisão
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – presidente do Instituto Voto Legal: 7 anos e 6 meses de prisão.

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