Bastidores: saúde, família e processos afastaram Roger Aguilera do Paysandu - Estado do Pará Online

Bastidores: saúde, família e processos afastaram Roger Aguilera do Paysandu

O ex-presidente é o segundo na história recente a renunciar ao cargo no Paysandu. Márcio Tuma assume a cadeira até o final de 2026, quando acontece nova eleição.

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

O Paysandu está, oficialmente, sob nova direção. Após Roger Aguilera entregar a carta de renúncia, Márcio Tuma, então vice da gestão, assumiu a presidência bicolor para concluir o mandato, que termina ao final de 2026. Essa é a segunda vez na história recente do clube que um presidente renúncia ao posto. Antes, em 2017, Sérgio Serra deixou o clube e Tony Couceiro concluiu a gestão como presidente.

A saída de Roger Aguilera era algo tratado internamente há algumas semanas, conforme apurado pela reportagem do Estado do Pará Online (EPOL). Algumas fontes ouvidas pelo portal indicaram alguns pontos que contribuíram para a renúncia do presidente, que não conseguiu concluir o primeiro ano de mandato.

Na carta enviada aos sócios e publicada no site do Paysandu, Aguilera destaca que teve uma dedicação “de corpo e alma, abdiquei da minha família, da minha saúde e das minhas atividades profissionais para estar no Paysandu”. De fato, a saúde e a família foram fatores que influenciaram na decisão de renúncia, segundo apurou o EPOL.

Justiça

Outro ponto foi a forte pressão sofrida nas últimas semanas com a crescente dívida do clube na justiça do trabalho. Desde o início deste mês, atletas do elenco de 2025 ingressaram com ações contra o Paysandu. Em pauta, atrasos de salários, direitos de imagem, premiações, entre outros.

Fontes relataram ao portal que essa questão colocou a permanência de Roger Aguilera quase que insustentável no comando do clube. Ao todo, oito jogadores – entre eles, Rossi e Leandro Vilela – colocaram o Paysandu na justiça. O valor pedido ultrapassara a casa dos R$ 14 milhões.

Rebaixamento

A queda do Paysandu à Série C do Campeonato Brasileiro teve uma parcela de contribuição no momento vivido por Roger Aguilera nos bastidores. Desde o início de novembro, as aparições em público do então presidente bicolor ficaram cada vez mais raras.

Nas últimas semanas, desde a criação do comitê de futebol – liderado por Alberto Maia -, Roger Aguilera não esteve mais presente – de forma visível – nos eventos do clube.

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O lançamento da camisa de jogo para 2026 e as apresentações do técnico Júnior Rocha, do executivo de futebol Marcelo Sant’ana e do gerente de futebol Vandick Lima não contaram com a presença de Roger Aguilera. Fatos que chamaram a atenção para um distanciamento cada vez maior dele da rotina do clube.

Futebol

Uma das alternativas encontrada por Roger Aguilera para “descansar” em 2026 foi criar uma comissão para cuidar do departamento de futebol. Os escolhidos para tal foram Alberto Maia e Ícaro Sereni, ambos ex-dirigentes do clube. Com eles, Diego Moura e Marcio Tuma, vices da gestão, integraram o comitê.

O EPOL apurou que esta decisão foi tomada para que Roger tivesse dedicação máxima na parte administrativa do clube.

Histórico

Eleito em novembro de 2024, Roger Aguilera estava no primeiro ano de mandato no Paysandu. Com ele, Márcio Tuma e Diego Moura estavam como vices-presidente. Antes de chegar a cadeira máxima do clube, Roger passou pelo cargo de diretor de futebol na gestão de Alberto Maia, entre 2016 e 2017.

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