Roger Aguilera renuncia à presidência do Paysandu - Estado do Pará Online

Roger Aguilera renuncia à presidência do Paysandu

Dirigente deixa o cargo após temporada marcada por rebaixamento histórico e crise financeira

Roger Aguilera com sua primeira conquista no ano de 2025. Foto: Jorge Luís Totti / Paysandu

A crise administrativa no Paysandu ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (22). Roger Aguilera oficializou a renúncia ao cargo de presidente do clube, função que exercia desde o final de 2024, quando foi eleito para o biênio 2025-2026. A informação havia sido trazida em primeira mão pelo Estado do Pará Online (EPOL).

A decisão foi comunicada por meio de uma carta endereçada aos poderes do clube e à torcida bicolor. No texto, Aguilera afirma que a escolha foi tomada após “cuidadosa reflexão” e motivada por razões de ordem pessoal, que, segundo ele, inviabilizam a dedicação exigida pelo cargo.

A renúncia ocorre após uma temporada considerada uma das mais desastrosas da história do Papão. Dentro de campo, o Paysandu foi rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro na lanterna, registrando a pior campanha do clube na era dos pontos corridos.

Fora das quatro linhas, o cenário é igualmente crítico. Oito atletas já ingressaram com ações judiciais contra o clube, com valores que, somados, ultrapassam R$ 13 milhões. Os processos envolvem salários atrasados desde setembro, direitos de imagem pendentes desde julho, FGTS, 13º salário e outros encargos trabalhistas.

Desde a confirmação do rebaixamento, Roger Aguilera não vinha aparecendo publicamente, o que aumentou a pressão interna e externa por um posicionamento. Quem passou a ocupar espaço nos noticiários foi Alberto Maia, chefe da comitiva criada para conduzir o processo de reconstrução administrativa e esportiva do clube.

Na carta de despedida, Aguilera destacou a ligação histórica com o Paysandu, relembrou mais de 25 anos de atuação voluntária e afirmou que seguirá colaborando com o clube, mesmo sem ocupar cargo formal. O dirigente também desejou sucesso à próxima gestão e falou em “total renovação” para o ano de 2026.

Roger Aguilera tinha como vice-presidentes Márcio Tuma e Diego Moura. Com a renúncia confirmada, o Paysandu deve definir nos próximos dias os encaminhamentos administrativos e políticos para a sucessão no comando do clube, em meio a um dos períodos mais delicados de sua história recente.

Leia Mais: