O Centro Cultural Banco da Amazônia, em Belém, abre ao público a partir de amanhã (19) a exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, mostra gratuita que reúne 82 fotografias inéditas no Brasil do fotógrafo japonês Hiromi Nagakura. As imagens foram produzidas durante viagens pela Amazônia realizadas ao lado do líder indígena, escritor e ambientalista Ailton Krenak, entre os anos de 1993 e 1998.
Idealizada pelo Instituto Tomie Ohtake, a exposição apresenta registros de aldeias e comunidades indígenas como Ashaninka, Xavante, Krikati, Gavião, Yawanawá e Huni Kuin, além de populações ribeirinhas do Rio Juruá e da região do lavrado, em Roraima. As viagens passaram por estados como Acre, Roraima, Mato Grosso, Maranhão, Amazonas e São Paulo.

Com curadoria de Ailton Krenak e das curadoras adjuntas Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, a mostra chega pela primeira vez à Amazônia após circular por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza. Em Belém, a exposição ganha nova montagem e fica em cartaz até 22 de fevereiro de 2026.
Integra o acervo a obra “Território imemorial ou Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, criada em 2023 pelo artista Gustavo Caboco, que apresenta um mapa dos territórios visitados pela dupla ao longo das expedições.
Além da exposição, a programação inclui, entre os dias 12 e 14 de janeiro de 2026, visitas mediadas, rodas de conversa e oficinas com a participação de Ailton Krenak, Hiromi Nagakura e lideranças indígenas de diferentes etnias. As atividades integram as celebrações do aniversário de Belém, comemorado em 12 de janeiro.

Para a gerente executiva de Marketing, Comunicação e Promoção do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, a exposição promove uma aproximação sensível entre o público e a floresta. “A mostra oferece uma experiência que vai além da arte, permitindo enxergar a Amazônia como presença viva, território de memória e resistência”, destacou.
A exposição é uma realização do Instituto Tomie Ohtake, com patrocínio do Banco da Amazônia e do Governo Federal.
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