Uma militar de 25 anos foi encontrada morta e carbonizada após um incêndio nas dependências do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, no Distrito Federal, na tarde de sexta-feira (5). O caso é investigado como feminicídio. O soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, confessou à polícia ter matado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos com uma facada no pescoço e ateado fogo ao local.
De acordo com a polícia, o suspeito relatou que discutiu com a vítima pouco antes do ataque. Ele afirmou que a militar teria sacado uma arma de fogo, momento em que a golpeou usando uma faca militar. A versão apresentada por Kelvin envolve um suposto relacionamento extraconjugal entre os dois, ponto que é contestado por familiares de Maria, que negam qualquer vínculo e falam em possível perseguição.
Nas imediações do quartel, militares chegaram a retirar instrumentos musicais antes de o corpo ser localizado entre os destroços. A perícia constatou o corte profundo no pescoço da vítima, reforçando a suspeita de homicídio. Maria havia ingressado no Exército há cinco meses, atuando como musicista do regimento.
Após confessar o crime, Kelvin foi detido pela 2ª Delegacia de Polícia da Asa Norte. O Exército informou que instaurou um Inquérito Policial Militar e que o soldado será excluído das fileiras da Força. Ele responderá por feminicídio, furto de arma de fogo, incêndio e fraude processual, podendo pegar até 44 anos de prisão.
Para pessoas próximas à militar, o suspeito mantinha comportamento descrito como o de “bom samaritano”, sobretudo com mulheres recém-chegadas ao quartel. A família afirmou que seguirá cobrando esclarecimentos sobre as circunstâncias do crime.
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