O ex-jogador Reinaldo, um dos maiores ídolos da história do Atlético-MG, recebeu anistia política e uma indenização de R$ 100 mil, paga em parcela única, após decisão unânime do Conselho da Anistia. O colegiado, ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), reconheceu que o ex-atacante foi alvo de perseguição durante a ditadura militar brasileira (1964-1985).
A deliberação ocorreu na última terça-feira (3), durante a 10ª sessão da turma, em Brasília. Reinaldo acompanhou pessoalmente o julgamento e se emocionou ao relembrar as consequências por posicionamento político à época.
O ex-camisa 9 ficou marcado por comemorar gols com o punho cerrado, gesto associado a movimentos de resistência e visto com desconfiança pelo regime. Segundo ele, a repressão não se limitou à violência direta, mas incluiu campanhas de difamação e tentativas de desgaste público e profissional.
Reinaldo defendeu o Atlético-MG por mais de uma década, conquistou oito títulos estaduais e disputou a Copa do Mundo de 1978 pela Seleção Brasileira.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou a importância simbólica da decisão. Segundo ela, o reconhecimento reafirma o compromisso do Estado com a democracia e homenageia figuras que resistiram ao autoritarismo.
A Comissão de Anistia segue analisando casos de perseguição política ocorridos durante o período ditatorial.
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