O Brasil alcançou no trimestre encerrado em outubro a taxa de desemprego de 5,4%, o menor nível desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE.
O período também registrou recorde no número de trabalhadores com carteira assinada e melhora no rendimento médio, indicando um mercado de trabalho aquecido mesmo em cenário de juros elevados.
Principais resultados da Pnad Contínua
- A taxa de desocupação caiu de 5,6% para 5,4% em relação ao trimestre anterior. Em outubro de 2024, o índice era de 6,2%.
- O número de desempregados chegou a 5,910 milhões, o menor contingente da série, queda de 11,8% em um ano.
- O total de ocupados atingiu 102,5 milhões, novo recorde.
- O emprego formal avançou para 39,182 milhões de pessoas, também máximo histórico.
- A massa de rendimento subiu para R$ 357,3 bilhões, aumento de 5% em 12 meses.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o crescimento da renda tem atuado como força estabilizadora da economia. “A massa em níveis elevados estimula o consumo”, afirmou.
Juros no maior nível desde 2006
A taxa Selic permanece em 15% ao ano, buscando conter a inflação que segue acima da meta oficial há 13 meses. Ainda assim, o poder de compra e o avanço do emprego ajudam a sustentar a atividade econômica.
Setores que mais empregaram
Entre os dez grupamentos analisados pelo IBGE, dois registraram expansão:
- Construção: alta de 2,6% (mais 192 mil pessoas)
- Administração pública e áreas correlatas: alta de 1,3% (mais 252 mil pessoas)
O único grupo com retração foi o de “outros serviços”, com queda de 2,8%.
Informalidade em leve queda
A taxa de informalidade ficou em 37,8%, somando 38,7 milhões de trabalhadores — abaixo dos 38,9% registrados um ano antes.
O trimestre também marcou recorde no número de pessoas que contribuíram para a previdência: 67,8 milhões, o equivalente a 66,1% dos ocupados, repetindo a melhor marca já registrada.
Caged confirma avanço do emprego formal
Um dia antes, o Ministério do Trabalho divulgou dados do Caged apontando saldo positivo de 85,1 mil vagas formais em outubro. No acumulado de 12 meses, o país abriu 1,35 milhão de empregos com carteira assinada.
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