A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria, na manhã desta segunda-feira (24), para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela continuidade da custódia, enquanto o voto de Cármen Lúcia ainda pode ser registrado até as 20h, e deve acompanhar o Moraes.
Bolsonaro foi detido no sábado, depois de tentar adulterar a tornozeleira eletrônica que utilizava durante a prisão domiciliar. Em audiência de custódia, ele admitiu ter usado um ferro de solda no equipamento e atribuiu o episódio a um momento de confusão mental relacionado ao uso de medicamentos.
O voto de Moraes, reproduzido na sessão desta segunda, voltou a destacar a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente vivia. Para o ministro, a mobilização poderia facilitar uma tentativa de fuga e dificultar a ação policial. Dino, ao acompanhar o relator, classificou o ato como ameaça “insuportável” à ordem pública e mencionou episódios recentes de fuga de aliados do ex-presidente.
Com a maioria formada, Bolsonaro seguirá detido na Superintendência da Polícia Federal enquanto avança a fase recursal da condenação por tentativa de golpe. O prazo para novos embargos da defesa termina ainda hoje, mas a jurisprudência do Supremo limita as chances de reversão do resultado.
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