Moradores do município do Acará realizam um novo protesto na manhã desta segunda-feira (24) contra a possível instalação de um aterro sanitário na região. Segundo eles, o estudo de impacto ambiental apresentado para a implementação do empreendimento está irregular e teria excluído ilegalmente moradores, comunidades quilombolas e nascentes de rios da área diretamente afetada.
Segundo as lideranças locais, representa uma tentativa de “apagar” a presença dessas populações do território. Apesar das denúncias, o estudo de impacto foi aprovado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado. A decisão revoltou os moradores, que voltaram às ruas para pressionar pela suspensão do projeto.
Os manifestantes bloquearam os dois sentidos da Alça Viária, principal via que liga o Acará a Belém e à região metropolitana, causando congestionamento e afetando o tráfego na área.
A comunidade afirma que continuará mobilizada até que o processo seja revisto e que as populações atingidas sejam consideradas no estudo ambiental.
Em nota, a Ciclus Amazônia informou que o licenciamento da Central de Tratamento de Resíduos Metropolitana ainda está em análise pelos órgãos competentes, com acompanhamento do TJPA e do MPPA, e que os estudos apresentados comprovam a viabilidade técnica e o cumprimento das exigências ambientais. A empresa afirma que o processo segue para a etapa de Audiência Pública, quando o projeto será apresentado à população, garantindo participação e transparência.
O portal estado do pará Online entrou em contato com a Semas e ainda aguarda um retorno.
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