Na madrugada de sábado (22), o sistema de rastreamento registrou um alerta de violação grave na tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro. A notificação ocorreu às 0h07 e acionou a equipe responsável pela escolta, que confirmou danos no dispositivo e realizou a substituição às 1h09. Um vídeo gravado no momento da abordagem mostra o ex-presidente admitindo ter manipulado o equipamento.
Vídeo e perícia
Nas imagens, Bolsonaro relata ter utilizado um objeto aquecido para acessar a estrutura da tornozeleira. O equipamento apresentava marcas compatíveis com calor e tentativa de abertura. A perícia ficará a cargo da Polícia Federal, que irá analisar vestígios e determinar se houve intenção deliberada de romper o mecanismo de segurança.
Decisão judicial
Ao decretar a prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes considerou a gravação e o relatório técnico como indicativos de descumprimento das condições impostas e de possível risco de fuga. O ministro também registrou que a residência de Bolsonaro está localizada a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, distância considerada estratégica em situações de tentativa de refúgio.
A legislação referente ao monitoramento eletrônico determina que o usuário deve preservar o equipamento e não interferir no seu funcionamento. Em caso de violação, o juiz pode determinar medidas mais rígidas, incluindo a prisão preventiva.
O vídeo apresentado pelas equipes de monitoramento será anexado aos autos e passa a integrar o conjunto de elementos que motivaram a nova decisão judicial sobre Jair Bolsonaro.











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