Durante o terceiro dia da COP30, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou um pacote de investimentos superior a R$ 240 milhões para o estado do Pará. Segundo ele, os recursos não se limitam ao período da conferência, mas representam “um legado de cuidado com o povo paraense”.
“Anunciamos hoje algo muito importante para o estado do Pará, que não vai acontecer só durante a COP, é um legado para os próximos anos que começa agora”, afirmou Padilha.
De acordo com o ministro, o aumento de recursos federais vai fortalecer o funcionamento de hospitais, UPAs 24 horas, Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e unidades fluviais que atendem comunidades do Marajó. “São mais de R$ 240 milhões, que vão ajudar o Estado nas cirurgias, na realização de exames especializados, no funcionamento dos hospitais e das UPA’s 24 horas, CAP’s, Unidades Fluviais da região do Marajó”, detalhou.
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Entre as ações anunciadas está o maior investimento já feito no tratamento do câncer no Pará, com a instalação de quatro novos equipamentos de radioterapia e dois de braquiterapia, técnica usada especialmente em casos ginecológicos. O Hospital Ophir Loyola também receberá um PET-Scan, equipamento de alta precisão para diagnóstico e acompanhamento oncológico.
“Um equipamento muito importante para o diagnóstico do câncer e para o acompanhamento da doença, transformando completamente a realidade aqui no estado do Pará, do SUS do Pará, para o tratamento do câncer”, destacou.
Padilha reforçou que as ações simbolizam o compromisso do governo com a Amazônia e com quem vive na região. “Nós estamos fazendo isso para mostrar que a COP não é só um evento em si, mas é um legado de cuidado à saúde para os estados, como o Pará, que é um estado que cuida do povo e que cuida da Amazônia. O Brasil está dizendo aqui: se a gente quer proteger a Amazônia, se a gente quer reduzir o problema das mudanças climáticas, a gente precisa cuidar, antes de mais nada, do povo que protege a Amazônia”, afirmou.
O ministro também anunciou parcerias com a Vale e com a Associação Lar São Francisco de Assis para reforçar o atendimento nas áreas ribeirinhas. O acordo com a mineradora prevê a reforma e adaptação de unidades básicas de saúde fluviais, que levam atendimento médico, odontológico e de enfermagem a comunidades isoladas.
Além disso, a parceria com o Lar São Francisco de Assis, que já atua no Pará e no Amazonas, garantirá R$ 20 milhões adicionais para a operação de dois barcos-hospitais do programa Agora Tem Especialistas. A estimativa é que as unidades realizem cerca de nove mil cirurgias na região ribeirinha.
“Esse barco consegue fazer cirurgia de hérnia, cirurgia de continência urinária, cirurgias ginecológicas, biópsia para o câncer, cirurgias oftalmológicas. Isso tudo feito no próprio barco, ajudando muito a população que vive na região ribeirinha”, completou o ministro.
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