A prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025, aplicada no domingo (9), teve como tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. O assunto foi divulgado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, nas redes sociais, e trouxe à tona o debate sobre o etarismo, preconceito que atinge pessoas com base na idade.
Envelhecimento acelerado e desafios sociais
Segundo dados do IBGE, a população com 65 anos ou mais chegou a 22,1 milhões de pessoas em 2022, o equivalente a 10,9% dos brasileiros, com aumento de 57,4% em relação a 2010. O envelhecimento populacional impõe desafios em diversas áreas, como trabalho, saúde e políticas públicas, exigindo uma nova compreensão sobre o papel do idoso na sociedade.
Especialistas apontam que o etarismo se manifesta em ambientes profissionais, familiares e midiáticos, e pode gerar isolamento social e prejuízos à saúde mental. Pesquisas recentes indicam que 86% das pessoas com mais de 60 anos já sofreram algum tipo de discriminação por idade no mercado de trabalho, o que reforça a urgência de políticas de inclusão e valorização da experiência.
Educação e políticas contra o preconceito
O tema da redação, segundo o Inep, busca estimular a reflexão crítica e a elaboração de propostas de intervenção que respeitem os direitos humanos. O debate sobre o etarismo tem ganhado espaço no Congresso Nacional, onde tramita o Projeto de Lei 2617/24, que propõe medidas para valorizar a pessoa idosa e combater a discriminação por idade.
Especialistas defendem que educação intergeracional, campanhas públicas e práticas de envelhecimento ativo são caminhos para reduzir o preconceito e promover o respeito entre gerações. A redação do Enem, nesse sentido, convida os estudantes a refletirem sobre como o Brasil pode enfrentar o etarismo e construir uma sociedade que valorize o envelhecer com dignidade e inclusão.











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