Depois do fiasco da COP29, realizada em 2024, em Baku, no Azerbaijão, os olhos do mundo agora se voltam para Belém, que será sede da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30). A expectativa é de que o evento, marcado para 2025, impulsione os financiamentos climáticos voltados a países em desenvolvimento e fortaleça o papel da Amazônia nas negociações globais.
Durante entrevista coletiva na Cúpula dos Líderes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil já arrecadou 50% do valor previsto até o final do próximo ano. “Nós já arrecadamos metade do que imaginávamos obter até o final do ano que vem. Se apenas os países da América Latina decidissem apoiar o fundo, alcançaríamos a meta, mas ainda falta consciência climática”, disse o ministro.
O anúncio ocorreu após a apresentação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFF), mecanismo internacional que prevê pagamento direto pela manutenção das florestas em pé.
O projeto adota critérios anuais de desempenho, monitoramento via satélite e padrões técnicos internacionais. No Brasil, o TFF deve atuar como complemento ao Fundo Amazônia, reforçando a valorização permanente da conservação florestal e garantindo repasse direto a povos indígenas e comunidades locais.
“Pela primeira vez, em uma COP, um instrumento concreto de solução para problemas ambientais pode realmente sair do papel e motivar as pessoas em torno de uma pauta tão necessária quanto esta”, destacou Haddad.
Faltando pouco mais de 72 horas para o início da COP3O, Belém se prepara para receber líderes mundiais e consolidar seu papel como capital simbólica da luta contra as mudanças climáticas. A expectativa é que o evento marque não apenas um novo capítulo nas negociações ambientais, mas também reafirme o protagonismo da Amazônia no futuro do planeta.
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